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Foz do Iguaçu deve repensar grandes eventos públicos sob risco de perdê-los

Leia a opinião do portal sobre realizações como Fartal, Feira do Livro e Natal.

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Foz do Iguaçu deve repensar grandes eventos públicos sob risco de perdê-los
Fartal foi instalada em novo espaço, ignorando ou relativizando fatores de risco climático. - Foto: Thiago Dutra (AMN)

Grandes eventos públicos são parte da ação governamental na cultura. Tendem a atingir maior êxito qualitativo quando são a concretização de trabalho permanente no segmento, refletindo os resultados de investimentos em formação, criação e produção.

A edição deste ano da Feira de Artesanatos e Alimentos (Fartal) deve acionar o alerta e despertar a necessidade de Foz do Iguaçu repensar seus eventos. E outras realizações na área cultural para grandes públicos precisam ser incluídas nessa busca por novos olhares.

Poucos dias antes do início da feira, o que se tornou público sobre a Fartal correspondeu a uma edição menor e adaptada. O artesanato, um dos motivadores da feira, não foi contemplado, como foram excluídas as áreas comercial e dos serviços de diversões para o público infantojuvenil.

A festa foi instalada em novo espaço, ignorando ou relativizando fatores de risco preponderantes para o período, como o climático. Para esgueirar-se de comparações com programações vizinhas, os organizadores da Fartal evocaram a valorização dos artistas da terra.

Fora do discurso, o que se viu foram imagens reprováveis de músicos de Foz do Iguaçu em apresentações enquanto chovia e sem público. Grupos iguaçuenses, com quatro componentes, receberam R$ 2,5 mil, bem menos do que o cachê de R$ 345 mil pago a somente uma das atrações de fora da cidade.

O formato da Fartal, que chegou a 44 edições, precisa ser repensado. Para isso, é necessário, é justo que a comunidade participe dessa construção, pois é a população que paga a conta desse evento que deveria ser de encontros para a comemoração do aniversário da cidade.

O morador tem o direito de saber quanto custa cada realização de modo objetivo. Tendo a Fundação Cultural uma diretoria de captação, é conveniente ampliar as fontes de financiamento, não repetindo só o caminho do pirex à mão no sentido da área executiva que fica na Vila A.

Nesse contexto, a Feira do Livro precisa ser reexaminada, pois vem encolhendo nos últimos anos. Ela deve ser revigorada no âmbito de um projeto do município para o livro, a leitura e a literatura. Já menor no ano passado, no centro, o Natal recebe críticas pelo planejamento tardio.

Eventos públicos implicam licitações e contratos, em que os gestores, pois, devem observar princípios como os do planejamento, transparência e eficácia. Se é o que diz a lei, não é muito cobrar profissionalismo e qualidade das entregas.

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