O morador constrói a cidade. E sua visão sobre esse espaço geográfico comum, não raramente, destoa do discurso oficial, dos palanques e dos balanços de agentes públicos, os quais, muitas vezes, mais querem convencer de suas dedicações ao exercício de governar do que apresentar resoluções e resultados para problemas reais.
Ao celebrar os 110 anos de Foz do Iguaçu, na empreitada de elencar perspectivas, o H2FOZ priorizou a cidadania iguaçuense. Durante os trinta dias de junho, mês do aniversário da cidade, o portal veiculou mais de quarenta conteúdos especiais, de reportagens a artigos, assim como entrevistas, ensaios fotográficos, enquetes e infográficos.
À produção da redação, juntaram-se pessoas que vivenciam diferentes contextos e realidades. Generosamente, escreveram textos de opinião e contribuíram propondo reflexões sobre temas que afetam a coletividade, questionando, apontando caminhos ou chamando a atenção para demandas que não conseguem alcançar a necessária atenção.
Nas enquetes, moradores apontaram como Foz do Iguaçu pode ser melhor para quem vive nela, a partir de seus próprios lugares nesse conjunto chamado comunidade. Depoimentos em vídeo cobriram todas as regiões da cidade, abrangeram variadas experiências profissionais e retrataram estratificações sociais e geracionais também diversas.
Se as vozes do cidadão receberam prioridade, o caderno especial dos 110 anos não prescindiu da participação de sujeitos da institucionalidade. Ocupantes de cargos públicos, legislativos e executivos, expuseram iniciativas e ações, medidas e projetos para Foz do Iguaçu, prestação de contas registrada e levada à avaliação pública.
O especial de aniversário percorreu os quadrantes da memória iguaçuense, valorizando personagens que ajudaram a edificar a cidade em seus tempos, resgatando acontecimentos, fatos, feitos. A mensagem que fica é a de que Foz do Iguaçu, o poder público especificamente, deve assumir com comprometimento a obrigação de cuidar da história.
Entre potencialidades que não se repetem em outros lugares, promessas não cumpridas e esperanças empurradas para o futuro, o presente vai sendo erguido a muitas mãos. Mas é certo que na Vila Iguassu de ontem ou na Foz do Iguaçu de hoje, está presente o orgulho de se pertencer a uma cidade singular.

