O projeto arquitetônico da nova sede da administração de Foz do Iguaçu foi apresentado pelo prefeito Joaquim Silva e Luna (PL) durante evento que reuniu aliados políticos. Tanto quanto a estrutura demonstrada, não passa despercebida a ausência de várias informações relevantes sobre o empreendimento.
Ao levar a boa-nova ao público, a prefeitura não comunicou o valor previsto, tampouco as datas presumidas de início e término da construção. Já o Governo do Estado chamou para si o apoio financeiro no valor de R$ 74 milhões, fruto da desapropriação do Centro de Convenções iguaçuense.
Ora, se é recurso pago pela posse do equipamento, então se trata de dinheiro municipal. Desse montante, aliás, o Palácio das Cataratas antecipou, sem detalhar sua destinação, que 8% (R$ 6,5 milhões) não ficarão para o erário, restando R$ 67,5 milhões para Silva e Luna aplicar em investimentos na cidade, inclusive, sendo o caso, na nova sede.
Obras relevantes são traumáticas em Foz do Iguaçu, pelo tempo que levam para começar e pela demora na entrega. Uma ponte internacional concluída, mas sem utilização, virou piada nacional. A duplicação da Rodovia das Cataratas patina. A Perimetral Leste quase desandou, salva por aditivos carimbados pela Justiça.
E mais: a revitalização da Avenida JK está parada. É fato que suscita a pergunta: como um projeto com dinheiro garantido é interrompido no meio do caminho? A lembrar, esse serviço é custeado praticamente por fontes fora dos cofres públicos, nesse caso, federais, da Itaipu Binacional.
Voltando à previsão de obras, antes da nova sede, o prefeito fez o lançamento do projeto da Trincheira Jardim Jupira–Vila Portes, como parte de um pacote de R$ 170 milhões em investimentos estruturantes. As outras duas realizações são a revitalização completa da Avenida Beira-Rio e a requalificação do Parque Monjolo.
São anúncios que se somam a outras construções já reverberadas pela gestão, como as vias marginais da Perimetral Leste, a interligação de vias importantes do sistema de mobilidade e a reconfiguração da Avenida Itaboraí, além da reestruturação do Bosque Guarani e da Praça da Bíblia. Que tantas expectativas não envelheçam empurradas pelas demandas que se renovam e se avolumam dia após dia, muitas delas bem corriqueiras.
Cidade que inspira e trabalha precisa transformar projetos do papel em realidade - Ilustração: Claudio Siqueira, com uso de I..A
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Este texto expressa a opinião do H2FOZ a respeito do assunto.


itaborai e Maria bubiack mau são ruas, quem dirá avenidas