Servidores da educação devem rejeitar proposta do governo e continuar em greve

Em Foz do Iguaçu, técnico-administrativos em educação (TAEs) da Unila e do IFPR fazem parte do movimento nacional.

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A greve dos servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) de todo o Brasil, que já dura mais de dois meses, deve continuar com a rejeição da categoria à nova proposta apresentada pelo governo federal na última terça-feira (21).

Em Foz do Iguaçu, fazem parte do movimento trabalhadores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e do Instituto Federal do Paraná (IFPR). Na pauta do movimento, as principais reivindicações são a recomposição salarial, a reestruturação do plano de carreira e a revogação de normas aprovadas nos governos anteriores.

O Sinditest-PR, representação sindical dos técnicos da Unila, UTFPR e UFPR, decidiu pela continuidade da greve em assembleia realizada nesta quinta-feira (23). No entendimento do sindicato, mesmo após semanas de negociação, o governo ofereceu praticamente nenhum avanço em relação ao pleito de reestruturação de carreira e um reajuste salarial de apenas 1,5% a mais em 2026.

O técnico-administrativo em educação da Unila, Tiago de Andrade, explica que “a carreira dos técnicos da educação federal é uma das mais mal remuneradas de todo o serviço público federal, sendo que o piso do nível médio não chega a dois salários mínimos. Em 2010, esse piso era de 3,5 salários mínimos, e o poder de compra foi bastante deteriorado desde então e continuará reduzindo com a inflação nos próximos anos”.

Andrade ressalta que a categoria luta pela equiparação com outras carreiras do Executivo federal, citando como fundamental o trabalho realizado pelos técnicos em atividades como matrículas, editais e licitações, além de serem essenciais para o funcionamento de laboratórios e bibliotecas, assim como outras funções.

“Enquanto o governo tem oferecido e fechado acordos com outras carreiras, que ganham mais do que a nossa, de mais de 22%, para os técnicos da educação, até o momento, ofereceu 0% em 2024 e 14% até 2026. A recomposição inflacionária calculada desde o último acordo, feito em 2016, é de 34%. Neste cenário, a carreira técnica sofre sério risco de extinção por sucateamento, o que é péssimo para a educação superior pública”, complementa.

Os servidores do IFPR, representados pelo Sindiedutec, devem decidir sobre o futuro da paralisação em assembleia nesta quinta-feira (23).

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