Olhar sobre o cartão-postal e enxergar o pulsar da vida multifacética que brota na cidade que grita para ser vista. Fazer indivíduo quem perambula na multidão, invisível, meio-fio como linha em direção a lugares, jamais a endereços. Voltar ao cartão-postal e emocionar-se com a beleza, leveza, sutileza do mundo.
Em seu percurso, Marcos Labanca, cidadão, viu e interferiu em parte da marcha desta Foz do Iguaçu que agora faz 110 anos. Como profissional do fotojornalismo, ultrapassa a ação de capturar os fatos. Suas lentes são memória, denúncia, verbo. O indizível interpretado pela imagem sem necessidade de palavra.
Em dez registros que contemplam do belo exultante à indignação que saliva, o cotidiano e o encantamento, Marcos Labanca promove o encontro entre o cidadão e o fotógrafo. O resultado é um passeio pela paisagem iguaçuense, cenários e contradições, possibilidades de muitas Foz do Iguaçu graças às andanças do olho do autor.
Águas lavam a alma e o app

Chuá, a vida a cantar

Cidade vista por todos

Cidade grita à vista de todos

Filas que se multiplicam

Natureza na via que se duplica

Nariz de palhaço

Cachoeira do rio que parece mar

Paranazão dos “paranauês”

Memória, há que se ter
