Caminhoneiros do Paraguai entram em greve, nesta segunda-feira, 24

Eles protestam contra o aumento do preço do óleo diesel, que teve reajuste nesta semana.

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A Associação de Micro, Pequenas e Médias Empresas de Ciudad del Este e a Federação de Estudantes Universitários aderiram à paralisação nacional dos caminhoneiros.

A greve está  marcada para esta segunda-feira, 24, em protesto contra o aumento do óleo diesel. O combustível subiu nesta semana 400 guaranis e passou a custar 5.530 guaranis, o equivalente a R$ 4,42.

O presidente da Federação de Caminhoneiros do Paraguai, Ángel Zaracho, advertiu que a paralisação impactará nas exportações, na arrecadação da Aduana e na provisão de insumos para o setor agropecuário.

Uma rede de postos, a Petropar, manteve o preço antigo. Mas, para os caminhoneiros, isso não resolve, segundo Zaracho, porque esses postos respondem por menos de 15% do setor.

“Nesta segunda nós vamos parar, ao menos que o governo reveja o preço do combustível. Eles (o governo) nos pediram uma trégua de 12 dias, mas já respondemos que não. A paralisação é impostergável”, afirmou o dirigente sindical, segundo o jornal Última Hora.

APOIO AO PROTESTO

O coordenador da Associação de Micro, Pequenas e Médias Empresas de Ciudad del Este, Iván Airaldi, anunciou que os sindicados do setor no município e também em Salto del Guairá e Pedro Juan Caballero, bem como a Federação de Estudantes Universitários, decidiram unir-se à greve dos caminhoneiros.

“Nós decidimos somar-nos à greve nacional e criar um Comitê Nacional de Paralisação, para que mais entidades se somem. Queremos uma agenda séria”,disse Airaldi.

Ele explicou que o protesto é contra a crise econômica provocada pela pandemia de covid-19, mas também pelo aumento dos combustíveis.

Segundo os sindicatos, o governo não soube atuar durante a pandemia e houve mau uso do dinheiro público. As críticas são também pela falta de medicamentos e de vacinas.

As pessoas que morreram por covid-19, disse o dirigente sindical, não são apenas um número ou estatística. Por trás disso há famílias que tiveram de hipotecar suas casas, fazer dívidas e vender veículos para pagar o tratamento.

TEMPO INDETERMINADO

Iván Airaldi afirmou que não se pode falar de reativação econômica sem imunização da população. E criticou a falta de resultados das seguidas reuniões que ocorreram na região de fronteira, com autoridades do país, em que foram feitas sugestões para o país sair da crise.

Os manifestantes vão fechar rodovias em vários departamentos, como Alto Paraná, Coronel Oviedo e Central, enquanto as lideranças vão se reunir em Assunção, às 10h, em frente ao Congresso, onde será instalado o “Comitê Nacional de Paralisação”.

A greve, ainda de acordo com Iván Airaldi, é por tempo indeterminado.

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