Foragido de penitenciária no Paraguai é preso sete meses depois, em Porto Alegre

Ricardo Smaniotto, paranaense que tem o apelido de Baiano, foi um dos 75 fugitivos que escaparam da prisão por um túnel.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Quase sete meses depois, um dos foragidos da penitenciária de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, foi preso pela Brigada Militar em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, na noite de terça-feira, 4.

Ricardo Smaniotto, o Baiano – que na verdade é paranaense -, de 38 anos, foi um dos 75 detentos que fugiram por um túnel, no dia 19 de janeiro deste ano, sob as vistas grossas das autoridades do presídio paraguaio, que respondem na Justiça por esse caso.

Segundo o jornal Zero Hora, Smaniotto foi “dedurado” anonimamente. Quando os policiais o revistaram, encontraram com ele um revólver e uma bolsa, com dois tijolos de cocaína pura e um tijolo de crack.

A fuga de Pedro Juan Caballero não foi a única que Smaniotto conseguiu. Em 2015, ele fugiu da Penitenciária Estadual de Maringá, após abrir um buraco em uma laje.

Em 2016, a imprensa paraguaia noticiou que ele havia sido preso no país, num sítio em Salto del Guairá. Ele havia montado no local “um laboratório de processamento de importantes volumes de cocaína, que depois enviava a seu país”, como informou à época o ABC Color.

Além de responder à Justiça paraguaia, Smaniotto tem contra ele cinco mandados de prisão em aberto só na Justiça do Paraná, por roubo, homicídio e tráfico de drogas.

A fuga

O túnel da fuga, que demorou muitos dias para ficar pronto e por onde escaparam, tranquilamente, 75 detentos.

A fuga da Penitenciária de Pedro Juan Caballero foi organizada por presos ligados ao grupo criminoso brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os presos cavaram um túnel e saíram da prisão sem ser incomodados pelos guardas, apesar das câmeras e das torres de vigia, de onde poderiam ser avistados. O diretor foi demitido e, junto com carcereiros, responde a processo.

A cumplicidade das forças da segurança com os detentos provocou, à época, uma crise político para o governo do presidente Mario Abdo Benítez.

Até hoje, foram recapturados 14 dos 76 presos que usaram o túnel, já incluindo Esmaniotto e o réu que não conseguiu fugir, sendo preso logo em seguida.

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