Os deputados da Junta Departamental (órgão equivalente à Assembleia Legislativa) do Alto Paraná declararam, em sessão extraordinária na última terça-feira (20), o administrador da Aduana de Ciudad del Este, Gustavo Soto, como persona non grata.
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A Resolução n.º 01/2024 foi proposta pelo deputado departamental Fernando Schuster. Ele argumenta que Soto tem adotado medidas que têm prejudicado a população local, com o aumento das apreensões em locais como a Ponte Internacional da Amizade.
O órgão legislativo esclarece não ser contrário ao combate ao contrabando, mas pede que não haja ação discriminatória ou com caráter de perseguição aos chamados paseros, pequenos comerciantes que levam mercadorias brasileiras e argentinas para o Paraguai.
Após a notícia sobre a aprovação da resolução, a atuação de Soto recebeu o respaldo de superiores hierárquicos, como o chefe da Direção Nacional de Ingressos Tributários (DNIT), Óscar Orué.
“Ele está sendo acusado de supostamente prejudicar os mais pobres, quando sabemos que o esquema nessa área é o ingresso de contrabando, inclusive com muitos políticos envolvidos”, afirmou Orué em entrevista à rádio Monumental AM, de Assunção.
“A instrução que ele recebeu é combater o contrabando. Sabemos que ele vem recebendo pressões de políticos da região, mas não temos intenção de substituí-lo”, complementou Orué, respondendo ao pedido de troca no comando da repartição.
