É inacreditável! Em plena pandemia, que só ontem, quinta (11), provocou mais 24 mortes no Paraguai, um grupo fez manifestação num shopping de Assunção contra o uso de máscaras faciais e recomendando que as pessoas não se vacinem, noticia o jornal Última Hora, com base em reportagem da Telefuturo.
Os manifestantes do negacionismo levantaram cartazes e, aos gritos, instaram todos a retirar as máscaras. Foram fotografados e filmados e a “mensagem” deles viralizou nas redes sociais paraguaias.
A situação chegou a um ponto em que os seguranças do shopping tiveram que intervir e obrigar o grupo a se retirar do local.
Segundo o jornal, os manifestantes – houve outras intervenções semelhantes em vários pontos do país – dizem que as máscaras não têm qualquer efeito e que as vacinas são prejudiciais ao organismo, embora – como lembra Última Hora – os estudos científicos demonstrem exatamente o contrário, nos dois casos.
“As notícias falsas que correm rapidamente pelas redes sociais e por meio do WhatsApp fazem com que o negacionismo aumente em muitos lugares”, consta Última Hora.
O uso de máscaras, em espaços públicos e fechados, é obrigatório em todo o Paraguai, fazendo parte das medidas sanitárias impostas pelo governo para evitar a transmissão do novo coronavírus.
Além dos seguranças, a Polícia Nacional também teve que intervir no shopping, para evitar confrontos entre os manifestantes e os clientes, mas ninguém foi preso.
CASOS E MORTES
Enquanto os negacionistas passavam sua tola mensagem, mais paraguaios se infectavam e morriam. Nas 24 horas até quinta, 11, houve 1.814 novos casos positivos e 27 mortos, inclusive um jovem de 20 anos.
Entre os óbitos, além do jovem de 20 anos, há outra pessoa de 39, oito com idades entre 40 e 50 anos e 14 com 60 anos ou mais.
O número de casos no Paraguai subiu para 175.827, enquanto o de mortes agora é de 3.411.
À beira do colapso, os hospitais mantêm 1.316 pessoas internadas, das quais 331 em unidades de terapia intensiva.
O número de recuperados é de 145.470, um índice bastante elevado, já que nos primeiros meses da pandemia chegou a ser pouco acima de 50%.
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