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Defensora dos povos indígenas morre aos 81 anos no Paraguai

Religiosa Beatriz Irene Barón (Hermana Mariblanca) lutou pela demarcação de terras para os guaranis da região de fronteira.

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Defensora dos povos indígenas morre aos 81 anos no Paraguai
Hermana Mariblanca, em imagem publicada no site da Congregação Misionárias Servas do Espírito Santo.

Reconhecida como uma das principais ativistas da defesa dos direitos dos povos indígenas no Paraguai, a religiosa argentina Beatriz Irene Barón, mais conhecida como Hermana Mariblanca, faleceu aos 81 anos, nessa sexta-feira (26), em Assunção.

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Integrante da Congregação Misionárias Servas do Espírito Santo, Mariblanca atuou, por mais de quatro décadas, nas regiões de Ciudad del Este e Salto del Guairá, denunciando o que classificou como etnocídio sistemático das populações de origem guarani.

Nos anos de 1970 e 1980, em plena ditadura militar de Alfredo Stroessner (1954–1989), a religiosa reivindicou a demarcação de terras para as tribos deslocadas pela expansão das atividades agrícolas e pela formação do lago de Itaipu.

Apesar das pressões contrárias, que lhe renderam ameaças de morte, o ativismo de Mariblanca foi decisivo para que a posse de cerca de 30 mil hectares fosse destinada às comunidades indígenas.

A freira atuou, também, para a construção de escolas e postos de saúde, além da alfabetização em língua guarani e da preservação dos saberes tradicionais, como o uso de ervas e plantas nativas para curar ou aliviar os sintomas de enfermidades.

A causa da morte não foi revelada, com o jornal ABC Color citando apenas que Mariblanca vinha lutando contra uma doença. Para saber mais sobre a vida da religiosa, em relato produzido por ela própria (em espanhol), clique aqui.

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    Guilherme Wojciechowski

    Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2021. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.