Movimento no comércio de Ciudad del Este caiu em março e continua baixo em abril

Comerciantes dizem que muitas lojas continuam fechadas desde o fechamento da fronteira, em 2020. As que reabriram não conseguem recuperar os prejuízos.

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A pandemia continua a fazer estragos no comércio de Ciudad del Este, informa o jornal La Clave. Desde a segunda onda de covid-19 no Paraguai, no final de fevereiro, os compradores foram sumindo.

Ciudad del Este, que a partir desta segunda-feira, 26, entra em toque de recolher das 20h às 5h, corre o risco de ver novamente muitas lojas fechando as portas, como disse a empresária Natalia Ramíres Chan ao La Clave.

Ela afirmou que em novembro, dezembro, parte de janeiro e fevereiro houve movimento de compradores brasileiros. Mas, depois que Foz do Iguaçu impôs restrições devido à pandemia, o que também ocorreu no Paraguai na Semana Santa, os turistas diminuíram muito.

Depois dos sete meses de fechamento da fronteira, em 2020, Ciudad del Este está longe de recuperar-se economicamente, disse a empresária. A maioria das lojas que fecharam as portas, no ano passado, não reabriram. E, se as perspectivas não melhorarem nos próximos meses, mais comércios devem encerrar atividades.

As lojas que contrataram empregados em novembro passado, segundo Natalia, estão pensando em fazer demissões, já que o dinheiro que entra não cobre os custos.

“Os decretos de restrições espantaram os compradores. Isso aconteceu em março, quando em Foz do Iguaçu não se podia circular. Depois, nós retrocedemos de fase na Semana Santa”, lembrou.

REFLEXO NAS IMPORTAÇÕES

A queda no movimento de compristas em Ciudad del Este e nas outras cidades que fazem fronteira com o Brasil se reflete nas importações de bens sob o Regime de Turismo. Nos três primeiros meses do ano, a redução nas importações foi de 32,4%; em março, de 22,8%, conforme o Banco Central do Paraguai.

As importações sob o Regime de Turismo correspondem a 18% das importações de bens de consumo. Mas houve também queda nas importações de bens para consumo interno, que representam 82% do total.

No primeiro trimestre, o Paraguai importou US$ 770,9 milhões, 5,8% menos que nos três primeiros meses de 2020, antes da pandemia.

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