Paraguai prende caminhoneiros suspeitos de extorsão

Ministro do Interior afirma que houve pedido de US$ 1 milhão para suspender protestos nas rodovias até o término do atual governo.

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Ministro do Interior afirma que houve pedido de US$ 1 milhão para suspender protestos nas rodovias até o término do atual governo.

Cinco caminhoneiros, entre eles o presidente da Federação dos Caminhoneiros do Paraguai, Ángel Zaracho, foram presos na quarta-feira (13) durante operação coordenada pelo Ministério do Interior e acompanhada pelo Ministério Público. Conforme a denúncia, os dirigentes teriam exigido dinheiro para suspender protestos nas rodovias do país.

De acordo com a agência pública IP Paraguay, Zaracho compareceu à sede do Ministério do Interior, em Assunção, para reunião com o ministro Federico González. Durante o encontro, houve a entrega vigiada de um pacote contendo US$ 50 mil. O pedido inicial, segundo o ministro, teria sido de US$ 1 milhão, valor reduzido para US$ 300 mil.

Os demais caminhoneiros estavam em um estacionamento, aguardando a saída do dirigente. Na manhã desta quinta (14), os cinco foram conduzidos à audiência inicial do caso, negando irregularidades. Em entrevista coletiva, a promotora Liliana Alcaraz disse que a promessa era suspender manifestações até o término do atual governo, em 2023.

“Esse pedido de dinheiro foi feito em troca de que, durante todo o período desse governo, fossem interrompidas essas medidas de força. Realizamos atos de investigação, com autorização judicial, e registramos reuniões entre o denunciante e os detidos no procedimento”, detalhou Alcaraz, em declarações reproduzidas pelos principais veículos de comunicação.

“A princípio, estamos falando do cometimento de um crime de extorsão, que tem pena privativa de liberdade de até cinco anos, mas isso pode variar conforme sejam incorporadas novas informações. Podemos ter outras pessoas e outros fatos concretos. Os detidos são porta-vozes e líderes do setor de transportes”, complementou.

Além de Ángel Zaracho, foram conduzidos à sede do Ministério Público durante o procedimento os caminhoneiros Roberto Almirón, Juan Friedelin, Julio César Solaeche e Vicente Medina. Os atuais protestos nas rodovias do Paraguai, retomados ontem (13), devem-se à alta nos preços do diesel e à defasagem nas tabelas de frete.

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