Pastor evangélico é assassinado em frente de igreja no Paraguai

Wilfrido Arce Cáceres chegava para o culto quando foi abordado; crime ocorreu na cidade fronteiriça de Pedro Juan Caballero.

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Wilfrido Arce Cáceres chegava para o culto quando foi abordado; crime ocorreu na cidade fronteiriça de Pedro Juan Caballero.

A cidade de Pedro Juan Caballero, fronteira seca com Ponta Porã (MS), foi cenário de mais um crime violento, na noite de quinta-feira (22). Por volta das 19h30 (hora paraguaia), o pastor evangélico Wilfrido Arce Cáceres, de 44 anos, foi executado a tiros em frente ao templo denominado “Iglesia del Cielo”, no Jardim Aurora.

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De acordo com os relatos, Wilfrido e a esposa chegavam à igreja quando foram abordados por um indivíduo armado, que desceu de um veículo branco, da marca Nissan, que aguardava no estacionamento. A mulher não teve ferimentos, enquanto o pastor, que tentou correr para fugir do atirador, faleceu próximo à porta principal do imóvel.

Em declarações reproduzidas pelo jornal Última Hora, o delegado Aníbal Franco, responsável pelas diligências iniciais, apontou que não havia registro de ameaças recentes contra o religioso, que também atuava como empresário no ramo de casa de câmbio e tinha antecedentes criminais por tráfico de entorpecentes.

Segundo a mesma fonte, em 2009, Wilfrido Arce Cáceres foi preso em uma operação que resultou na apreensão de 366 quilos de cocaína. No período de cinco anos em que permaneceu recluído, chegou a ser investigado pela suposta encomenda de um assassinato, ordenado de dentro da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero.

Carro similar ao usado no crime foi encontrado, nesta sexta-feira (23), incendiado em uma estrada rural. Imagem: Gentileza/Polícia Nacional do Paraguai

Operação Belia

Uma das principais linhas investigadas é que a execução do pastor esteja vinculada à Operação Belia, deflagrada na própria quinta-feira pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e pelo Ministério Público do Paraguai, tendo como alvo casas de câmbio em Assunção e Pedro Juan Caballero.

Wilfrido Arce Cáceres era o proprietário da filial local da Panorama Cambios, um dos estabelecimentos investigados. A hipótese de “queima de arquivo” foi levantada pelo promotor Pablo Zorrilla, que deu declarações ao canal de notícias NPY, ressaltando que o crime ocorreu horas após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.

À imprensa, a Senad informou que o objetivo do procedimento era “coletar evidências em relação a um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do narcotráfico, através de casas de câmbio”. A quadrilha na mira dos investigadores é especializada no envio de cocaína em direção à Europa e ao Oriente Médio.

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