‘Terra Envenenada’: PF faz operação nacional contra o contrabando de cigarros e agrotóxicos

Fronteira com o Paraguai é rota de entrada dos produtos ilícitos; cerca de 200 policiais foram às ruas.

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Fronteira com o Paraguai é rota de entrada dos produtos ilícitos; cerca de 200 policiais foram às ruas.

A Polícia Federal (PF) lançou operação nacional a fim de desmantelar organização criminosa que atua na importação, transporte e comercialização de cigarros e agrotóxicos contrabandeados em todo o país. Cerca de 200 agentes foram às ruas na manhã desta quinta-feira, 20.

Na região, a fronteira com o Paraguai, de Foz do Iguaçu a Guaíra, é uma das principais rotas para a entrada desses produtos no Brasil. São cumpridas ordens judiciais em Mundo Novo (MS), Umuarama, Terra Roxa, Campo Mourão e outras cidades paranaenses e de outros estados.

Expedidos pela 1.ª Vara Federal de Guaíra, são 34 mandados de busca e apreensão e 24 de prisão preventiva. Denominada de Terra Envenenada, a operação deriva da investigação que durou sete meses, com a identificação de carregamentos de cigarros e agrotóxicos importados ilegalmente.

Em síntese, o grupo se dividia em três camadas: a primeira, baseada em Terra Roxa/PR, onde residiam os principais líderes e integrantes operacionais, responsáveis por trazer o agrotóxico ao Brasil pelo Rio Paraná e por armazená-lo. Fora da fronteira, outro grupo tinha a “incumbência de prospectar a demanda e promover o transporte”, diz a PF.

Já a terceira camada, prossegue a Polícia Federal, era “composta basicamente por empresas agropecuárias, que adquiriam os defensivos dos contrabandistas para revenda”. Além da distribuição dos ilícitos no Oeste do Paraná, grandes carregamentos foram para empresários da Bahia, Tocantins, Maranhão e Minas Gerais.

“As atividades delituosas promoveram forte enriquecimento dos integrantes, permitindo a compra de imóveis, automóveis, dentre outros bens de alto valor”, sustenta a PF. Na operação, foi determinado o sequestro de bens móveis e imóveis ligados a 36 investigados, bem como o bloqueio de contas.

Os acusados podem responder por contrabando, comércio e transporte de agrotóxicos. Somados, esses crimes possuem penas máximas que podem ultrapassar 16 anos de prisão, contabiliza a corporação policial federal.

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