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Hospital do Paraguai registra recorde de nascimentos. São “os filhos do isolamento social”

Não dá pra dizer filhos da covid-19, que soaria impróprio, mas sim crianças que nasceram porque os pais tiveram oportunidade de ficar mais tempo juntos.

2 min de leitura
Hospital do Paraguai registra recorde de nascimentos. São “os filhos do isolamento social”
Bebê no Hospital San Pablo, que deve bater recorde anual de partos, este ano. Foto Crónica

H2F0Z – Cláudio Dalla Benetta

O isolamento social obrigatório no Paraguai, a partir de março, deu no que deu: começam a nascer mais crianças que em anos normais, como aliás já era mais ou menos esperado, como noticia o portal paraguaio Crónica. Afinal, casais tiveram uma convivência mais longa, mais próxima e até forçada. E aí…

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Os bebês gerados nesses nove meses de medidas de isolamento já se refletem num dos hospitais mais importantes de Assunção, o Materno-Infantil San Pablo, que espera fechar 2020 com um número de nascimentos entre 5.600 e 6.000, superando o recorde anterior, de 2012, quando nasceram 4.200 crianças.

“Claro que a pandemia teve muito a ver com os nascimentos que vamos tendo nesta época do ano”, disse o médico Vicente Acuña, diretor do hospital.

Dr. Acuña diz que muitas grávidas chegam ao hospital vindas de outros municípios, o que também contribui para elevar a cifra de nascimentos do Materno-Infantiul.

Desde algumas semanas estamos mantendo a média de 20 nascimentos por dia, não só por efeito da pandemia, mas pela redistribuição de pacientes (provocada pela covid-19). Várias são de outras cidades”, disse.

O que preocupa o diretor do hospital é a quantidade de adolescentes grávidas. Temos no hospital uma média de 25% de parturientes menores de 19 anos. Praticamente, são mil nascimentos de mães adolescentes”, disse. “É muito”.

De qualquer forma, o médico considera que os nascimentos são o lado positivo da pandemia. “A pandemia teve muito a ver com coisas positivas e negativas. Neste caso, é um fato positivo as vidas em abundância que já chegaram e continuarão chegando”, concluiu o médico Vicente Acuña.

Será que isso se repete em outros países, como o Brasil? E mundo afora, onde as medidas de isolamento foram mais restritivas, como na Argentina?

Só dezembro dirá!

 

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