Proibido por lei, cerol em pipas corta linhas de energia e causa risco a vidas humanas. A legislação do Paraná veda posse, uso, fabricação, comercialização e transporte da mistura de cola e vidro, também conhecida como linha chilena.
Unidades consumidoras em diferentes cidades ficam sem energia elétrica pelo rompimento de cabo alimentador por cerol. Esse material é responsável por transportar eletricidade em média tensão desde as subestações até os transformadores e depois a casas e comércios.
“São casos frequentes em que é possível identificar a causa, porque quando se trata de cerol são cortes retos”, explica a gerente da base de serviços da Copel, Marlise Cardoso de Lemos. “Para resgatar as pipas enroscadas na rede elétrica, as pessoas puxam as linhas, que atuam em movimento de corte como uma serra, rompendo completamente ou danificando os circuitos.”
Danos causados pelo cerol à rede elétrica geram prejuízos não apenas imediatos, como também posteriores. Isso porque o material corta por completo, enfraquece a resistência dos cabos de energia.
Cerol em pipas
“Muitas vezes, as pessoas dizem: está sol e tempo bom, mas caiu a energia”, completa Marlise. “É justamente em dias de vento que essas fissuras ampliam, rompendo os cabos e causando curto-circuitos, que interrompem o fornecimento e colocam em risco a vida de pessoas”, elenca.
A Lei n.º 20.264/20 proíbe no Paraná o uso, produção e transporte de cerol. O infrator está sujeito ao pagamento de multa equivalente a dez vezes a Unidade Padrão Fiscal do Paraná (R$ 143,71), quando pessoa física, e 20 vezes a UPF/PR, quando pessoa jurídica, correspondentes a R$ 1.437,10 e R$ 2.874,20, respectivamente.
“As penalidades financeiras previstas na lei podem ser aplicadas em dobro no caso de reincidência”, complementa a Agência Estadual de Notícias. “Nos casos em que o infrator for menor de idade, os responsáveis legais responderão pelo ato praticado”, finaliza.
Denúnicas e cerol
Toda pessoa pode fazer denúncia de uso de cerol às forças de segurança do estado pelo número 181, do disque-denúncia do governo do Paraná ou pelo aplicativo 190 PR da Polícia Militar. Em nenhuma hipótese deve-se tentar resgatar pipas enroscadas na rede elétrica.
(Agência Estadual de Notícias)