Itaipu Binacional anunciou, nesta semana, sua entrada no mercado de certificados internacionais de energia renovável, conhecidos como REC, na sigla em inglês.
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O lançamento do Certificado Internacional de Energia Renovável de Itaipu (I-REC) ocorreu em Belém (PA), durante evento na COP30.
Atualmente, o Brasil comercializa cerca de 73 milhões de certificados do tipo por ano. Com a entrada de Itaipu, o número deverá saltar para cerca de 90 milhões em 2026. Em médio prazo, inclusive, o Brasil deverá superar a China no referido mercado.
Conforme André Pepitone da Nóbrega, diretor-financeiro brasileiro de Itaipu, o I-REC permitirá à usina obter uma nova fonte de receita.
“Passados mais de 50 anos da assinatura do Tratado de Itaipu, com o advento do certificado de energia renovável, a Itaipu Binacional vai ganhar uma nova receita. Até então, era apenas a venda de potência. E, em breve, teremos outras fontes de receita com a geração de energia fotovoltaica flutuante no reservatório”, indicou o diretor.
Certificados como os de Itaipu atestam o uso de energia renovável em processos empresariais. Os I-RECs interessam às empresas brasileiras alinhadas às práticas ESG e que realizam inventários de emissões de gases de efeito estufa (GHG Protocol).
Ao adquirir os certificados, as companhias podem ter acesso a fundos internacionais ou ganhar competitividade ao comprovar redução da pegada de carbono.
“O certificado é uma espécie de certidão de nascimento de energia renovável, e seu lançamento é um marco histórico para a Itaipu”, comparou o diretor-jurídico de Itaipu, Luiz Fernando Delazari.
O projeto contou com parecer jurídico da advogada Maria João Rolim, observando todas as disposições previstas no tratado que rege a hidrelétrica binacional.
(Com informações de Itaipu Binacional)

