Itaipu Binacional emitiu, nessa segunda-feira (9), nota de pesar pela morte do engenheiro Nelson Luiz de Souza Pinto. De acordo com familiares, o profissional faleceu no domingo (8), aos 93 anos, em sua cidade natal, Curitiba. O sepultamento está marcado para esta terça-feira (10).
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“Considerado uma das maiores referências mundiais em engenharia hidráulica e segurança de barragens, Nelson Pinto teve uma contribuição valorosa para Itaipu e a todo o setor energético brasileiro e internacional”, descreve a hidrelétrica.

Na década de 1970, o engenheiro participou dos estudos das ensecadeiras e do desvio do Rio Paraná para a construção da usina. Coordenou, também, o desenvolvimento do modelo hidráulico para o projeto do vertedouro da barragem binacional.
Por esse motivo, recebeu o carinhoso apelido de “pai do vertedouro” de Itaipu, pois criou soluções inovadoras para o projeto. O Rio Paraná, vale lembrar, possui uma das maiores vazões do mundo, o que tornou o trabalho extremamente complexo.
Conforme a binacional, o profissional integrou ainda o Board de Especialistas de Itaipu, órgão responsável pela avaliação contínua do desempenho e segurança das estruturas. A última atuação do engenheiro no colegiado, formado por especialistas internacionais, ocorreu em 2010.
Em declarações reproduzidas pela assessoria de Itaipu, o atual diretor-geral brasileiro da usina, Enio Verri, recordou a contribuição do engenheiro.
“Itaipu Binacional reconhece em Nelson Luiz de Souza Pinto um consultor de excepcional competência técnica e um visionário que contribuiu decisivamente para que a usina se tornasse referência mundial em segurança e excelência operacional”, apontou.
Trajetória além de Itaipu
Nelson Luiz de Souza Pinto tinha formação em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ao longo da carreira, fez mestrado nos Estados Unidos e doutorado, novamente na UFPR.
Além de Itaipu, contribuiu para a construção de outras hidrelétricas no Paraná, como parte do quadro de engenheiros da Companhia Paranaense de Energia (Copel). De acordo com a Copel, o engenheiro foi o sexto funcionário da companhia, na qual entrou em 1955.
Em 1995, tornou-se membro da Academia Americana de Engenharia, uma das mais prestigiosas instituições técnicas do mundo. No ano seguinte, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de comendador, do Ministério da Ciência e Tecnologia.
(Com informações de Itaipu Binacional)