Parceria entre Itaipu e pescadores retira toneladas de lixo do lago

Mais da metade do material recolhido das águas e margens pode ser reciclada; ação acontece em dez municípios lindeiros.

Pescadores que atuam no lago de Itaipu retiraram, nas últimas semanas, mais de 12 toneladas de lixo da água e das margens do reservatório. A ação, que acontece em dez municípios lindeiros, tem o apoio da hidrelétrica binacional.

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De acordo com o balanço divulgado por Itaipu, o mutirão de limpeza ambiental envolve mais de 300 pescadores de 12 colônias da região.

Os resultados chamam atenção: dos 12.270 quilos recolhidos, mais da metade, 6.270, têm potencial para reciclagem, enquanto o restante está composto por rejeitos.

Desde o início da campanha, em abril, as ações já aconteceram em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia e Santa Helena, bem como em Marechal Cândido Rondon, Mercedes e Guaíra.

Para esta quinta-feira (8), estão previstas as últimas etapas do mutirão, concentradas nos municípios de Entre Rios do Oeste e Pato Bragado.

Enio Verri, diretor-geral brasileiro de Itaipu, vê o engajamento dos pescadores como fundamental. “A conservação do reservatório é uma prioridade para nós, e sabemos que não será possível sem o apoio de quem vive dele”, argumenta.

A iniciativa, que já está em sua 12.ª edição, faz parte do convênio Linha Ecológica, firmado entre Itaipu e Conselho dos Municípios Lindeiros.

Para participar da ação, os pescadores têm à disposição materiais como equipamentos de proteção individual e sacos de lixo para o recolhimento dos resíduos. Além disso, os participantes recebem alimentação e hidratação.

Regularização no lago de Itaipu

Itaipu Binacional informa, ainda, que está avançando na regularização ambiental dos pontos de pesca localizados às margens do reservatório.

Conforme o balanço, 18 pontos já foram regularizados em municípios como Foz do Iguaçu, Guaíra e Marechal Cândido Rondon, com outros sete em processo.

Por outro lado, 20 pontos tiveram suas atividades encerradas por desuso, quatro estão judicializados por irregularidades e 14 ainda aguardam avaliação.

(Com informações de Itaipu Binacional)

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