Itaipu Binacional divulgou, nesta terça-feira (28), números que atestam a contribuição da hidrelétrica para a redução das tarifas de energia praticadas no Brasil.
Leia também:
Itaipu divulga balanço de investimentos na saúde de Foz do Iguaçu
De acordo com a empresa, “desde a quitação integral da dívida de construção, em 2023, a hidrelétrica vive uma nova fase, marcada por eficiência operacional e estabilidade”.
Atualmente, a energia produzida por Itaipu é a segunda mais barata do Brasil. Em outubro, por exemplo, o custo médio para a distribuidora CPFL Piratininga (SP), mesmo após reajuste, ficou em R$ 221,30 por megawatts-hora (MWh).
Tal valor, conforme a usina, está abaixo dos R$ 222,59/MWh das usinas cotistas da Lei n.º 12.783 de 2023, bem como abaixo da média de aquisição no mercado.
O custo de Itaipu, de acordo com os números divulgados nesta terça, só não é menor que o dos Leilões de Energia Existente (LEE). Na modalidade LEE, a média de aquisição no mercado brasileiro está em R$ 217,60/MWh.
Por outro lado, o chamado ACR Médio 2025, que calcula a média do mercado, está em R$ 307,29/MWh. Para 2026, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projeta ACR Médio de R$ 342,71/MWh, o que deverá ampliar a vantagem competitiva de Itaipu.
Enio Verri, diretor-geral brasileiro da hidrelétrica, avalia que a usina tem um importante mérito: a previsibilidade de geração e de custos.
“Essas reduções sucessivas consolidaram Itaipu como uma das fontes de energia mais competitivas do mercado regulado brasileiro, contribuindo para a modicidade tarifária”, aponta Verri.
Itaipu como doadora do sistema
Além disso, diferentemente da maioria das hidrelétricas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), Itaipu opera com superávit de geração.
Na maior parte do tempo, a binacional do Rio Paraná produz acima de sua garantia física. Assim, atua como doadora do sistema, ajudando a reduzir o custo do bloco hidráulico e reforçando a estabilidade financeira e operacional do setor elétrico.
“Mais de quatro décadas após o início de sua operação, Itaipu reafirma seu papel estratégico: energia limpa, de baixo custo e sustentável — uma força motriz para o desenvolvimento conjunto do Brasil e do Paraguai”, indica a usina.
(Com informações de Itaipu Binacional)



