Rádio Clube
H2FOZ
Início » Últimas Notícias » Estudo mostra números do desmatamento no lado argentino da fronteira

Meio Ambiente

Estudo MapBiomas

Estudo mostra números do desmatamento no lado argentino da fronteira

Bioma Selva Paranaense, que inclui os trechos de Mata Atlântica na Argentina, perdeu quase um sexto de sua cobertura.

2 min de leitura
Estudo mostra números do desmatamento no lado argentino da fronteira
Província fronteiriça de Misiones abriga a maior biodiversidade da Argentina. Foto: Guardaparque Liliana Salinas/Parque Nacional Iguazú
Publicidade

A Fundação Vida Silvestre Argentina divulgou, nesta semana, uma nova análise do estudo MapBiomas, que mapeia a transformação do uso do solo no país.

Leia também:
Argentina desmonta acampamentos de caçadores na região de fronteira

Publicidade

De acordo com o levantamento, no período entre 1985 e 2024, a Argentina perdeu 10,5 milhões de hectares de matas nativas. Tal registro equivale a 18% de toda a superfície natural que havia quatro décadas atrás.

Publicidade

O bioma Selva Paranaense, que engloba os trechos de Mata Atlântica na Argentina, perdeu 336 mil hectares, ou 15,6% de sua área. O lado argentino das Cataratas do Iguaçu, por exemplo, fica nas áreas classificadas como Selva Paranaense.

“Trata-se de uma das regiões ecológicas com maior biodiversidade do país, mas a pressão das atividades produtivas continua gerando fragmentação”, aponta a fundação.

Publicidade

A maior perda está concentrada no Chaco, bioma que cobre terras da Argentina, Paraguai e Bolívia. A porção argentina do Chaco registrou 78% do desmatamento no país desde 1985, perdendo oito milhões de hectares, ou 21% de sua cobertura.

“Mesmo com essa perda, o país ainda conserva cerca de 46,5 milhões de hectares de vegetação nativa, mas as pressões — expansão agrícola, urbanização, desmatamento — continuam crescendo”, descreve a fundação.

Publicidade

Sebastián Fermani, diretor de Conservação da Fundação Vida Silvestre Argentina, aponta que a perda das áreas naturais traz múltiplos impactos para a vida humana.

“Representa não só um impacto ambiental, mas afeta os serviços ecossistêmicos essenciais que essas matas proporcionam, como a regulação do clima, a provisão de água e alimentos e a conservação da biodiversidade”, afirma.

Para saber mais sobre a análise divulgada pela Fundação Vida Silvestre Argentina, acesse o site oficial (em espanhol): https://www.vidasilvestre.org.ar/.

Newsletter

Cadastre-se na nossa newsletter e fique por dentro do que realmente importa.


    Você lê o H2 diariamente?
    Assine no portal e ajude a fortalecer o jornalismo.

    Guilherme Wojciechowski

    Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2022. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.

    Deixe um comentário