Umidade do ar em Foz está pior que em deserto. E chance de chuva é pífia

E não adianta torcer por chuvas em janeiro. Será igual ou pior. E as temperaturas vão continuar infernais.

Apoie! Siga-nos no Google News

E não adianta torcer por chuvas em janeiro. Será igual ou pior. E as temperaturas vão continuar infernais.

Que verão! A um novembro de pouca chuva, seguiu-se um dezembro ainda mais seco, com altíssimas temperaturas e umidade do ar cada vez mais baixa.

Nesta terça-feira, 28, por exemplo, de acordo com a meteorologia, a umidade mínima deve ficar em 10% e a máxima em 50%, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia.

Nem em deserto o índice mínimo fica tão baixo. O de Atacama, no Chile, considerado o deserto mais árido do mundo, registra umidade do ar entre 13% e 15%. Em Foz, a gente já sabe o que é isso, pelo menos depois das 10h até por volta de 18h. À noite, aumenta um pouco.

A umidade mínima ideal para o ser humano é superior a 60%. À noite, em Foz, a umidade do ar sobe e se aproxima do normal. Mas existe um certo aparelho doméstico que seca o ar.

É isso que faz o condicionador do ar. E por causa dele é preciso manter o ambiente úmido, com toalhas molhadas por perto da cama. Senão, seu sistema respiratório sofre.

Todos os serviços de meteorologia preveem temperaturas iguais ou próximas dos 40 graus, na semana. Nesta terça, a previsão mais baixa é do Simepar – 35 graus. O Climatempo aumenta para 40 graus e o Inmet para 41.

E a chuva? O Climatempo diz que chove na quarta-feira, 29; o Simepar na quinta, 30. E o Inmet, na quarta e quinta. Chuviscos, chuva isolada.

JANEIRO SECO

Olha como estão os rios do Paraná. Só dois com nível igual ou maior que o normal. O resto com menos água que o normal. Fonte: HidroinfoParaná

Pior é que janeiro também será seco. Uma previsão do Simepar indica que até o fim de janeiro devem ocorrer chuvas muito abaixo do esperado para a época do ano e, ainda, temperaturas muito altas, em especial nas regiões norte, noroeste, oeste e sudoeste do Paraná.

Podem ocorrer episódios de tempestades isoladas e de curta duração devido ao forte calor previsto para as próximas semanas.

“Não há expectativa de condições meteorológicas para chuva generalizada e bem distribuída, incluindo o Norte Pioneiro”, diz o boletim do Simepar.

Enquanto isso, o nível dos rios baixa. Aquele mapa que mostra a situação das estações de medição do nível estão pontilhados de triângulos vermelhos, quando o rio está com nível abaixo da média.

Dois pequenos rios, um no Litoral (o Cachoeira, em Antonina), e outro em Cerro Azul, o Rio Ponta Grossa, são as exceções. Dois triângulos verdes em meio a 79 pontos de marcação em vermelho.

FALTA DE ÁGUA

Desperdicio de agua – Sanepar Fágua, não desperdice. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A consequência é que o Paraná está em emergência hídrica. Decreto assinado pelo governador Ratinho Jr. estende por mais 180 dias o estado de emergência, e é o sexto assinado pelo governador em função da estiagem severa que perdura no Paraná há mais de dois anos.

O primeiro decreto, de número 4.626, foi assinado em maio de 2020, com validade de 180 dias, e teve prorrogações consecutivas. Em novembro, foi publicado o quinto decreto, com validade de 90 dias, e limitava a abrangência às regiões Oeste, Sudoeste e Metropolitana de Curitiba.

O últimno estende a condição de emergência hídrica é estendida a todo o Estado. Mas a pior situação é no Norte do Estado, onde, em novembro, o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas registrou avanço da seca grave, em função dos desvios negativos de chuvas dos últimos meses.

No Norte, há 13 municípios em alerta para a possibilidade de faltar água e dois distritos. Na região de Curitiba, a Sanepar suspendeu o rodízio em virtude das festas de fim de ano. Mas, quando passar o Revéillon, a medida volta a ser adotada.

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.