Ônibus voltam a circular em Foz nesta sexta-feira 

Paralisação parcial resultou em contenda política e jurídica. Câmara pede intervenção e rompimento do contrato; procuradoria avalia sanções.

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H2FOZ – Paulo Bogler 

As três empresas do Consórcio Sorriso estão operando o transporte coletivo em Foz do Iguaçu nesta sexta-feira, 24. Devido às medidas de contenção ao novo coronavírus, o sistema funciona com restrição e segue os horários e itinerários aplicados normalmente aos sábados. 

Nessa quinta-feira, 23, as consorciadas Cidade Verde e Vale do Iguaçu haviam retirado seus ônibus de circulação alegando não ter condições financeiras para a aquisição de combustível. A crise, segundo as empresas, decorre da queda de receita provocada pelas medidas restritivas empregadas no combate à covid-19 no município. 

A prefeitura reagiu afirmando que o Consórcio Sorriso violou os termos do contrato firmado em 2010 e que a suspensão do serviço à população é injustificável. O município disse não ter dívidas com as operadoras do transporte coletivo e que buscava viabilizar adiantamento no valor de R$ 1,2 milhão, correspondente à compra de vale-transporte. 

Além de provocar transtornos aos usuários, a retirada de circulação dos ônibus gerou uma contenda política e jurídica. Ao H2FOZ, o diretor-superintendente do Foztrans, Fernando Maraninchi, confirmou nesta sexta-feira que a Procuradoria-Geral do Município segue avaliando a adoção de medidas e sanções contra as permissionárias do transporte público. 

Pedido de intervenção 

Vereadores de Foz do Iguaçu enviaram ofício à prefeitura pedindo a intervenção e o rompimento do contrato com as empresas de transporte coletivo urbano por descumprimento de obrigações. Seis parlamentares assinaram o documento.

Conforme os vereadores, a população não pode sofrer com os transtornos da falta de ônibus devido a interesses empresariais. O documento ressalta que a paralisação feita pelas empresas retira dos iguaçuenses o direito constitucional ao transporte público.

"O contrato firmado em 2010 sofreu algumas mudanças. Tivemos a renúncia de receita de mais de R$ 10 milhões em contrapartida ao ar-condicionado nos ônibus. Estamos então oficiando o prefeito para que tome medidas necessárias para rescisão do contrato", declarou o vereador Celino Fertrin, um dos signatários do ofício.

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