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Foz do Iguaçu é a bola da vez

No artigo de opinião de Marco Gonzaga, o gerente-geral do Dreams Park Show fala sobre o turismo em Foz do Iguaçu.

3 min de leitura
Foz do Iguaçu é a bola da vez
Cataratas do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade e uma das maiores atrações naturais do mundo. Foto: Marcos Labanca.
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Por Marco Gonzaga – OPINIÃO

Foz do Iguaçu, no Paraná, reúne um conjunto raro de vantagens competitivas no turismo brasileiro. As Cataratas do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade e uma das maiores atrações naturais do mundo, a tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, a usina de Itaipu e uma oferta turística cada vez mais diversificada colocam o destino em posição de destaque no cenário nacional e internacional.

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Essa combinação garante atratividade tanto para o turismo doméstico quanto para o estrangeiro e permite a criação de produtos turísticos que ampliam a estadia média. Hoje, roteiros de dois a quatro dias são comuns, mas há espaço claro para circuitos mais longos, integrando experiências regionais e novas atrações.

Os números confirmam esse movimento. Nos últimos anos, o turismo em Foz do Iguaçu vem crescendo de forma consistente, superando indicadores como visitação ao Parque Nacional do Iguaçu, fluxo por aeroportos e rodovias e taxa de ocupação hoteleira. Mais do que volume, observa-se qualidade: aumento da permanência média e ocupação elevada por mais dias consecutivos.

Pesquisas locais e estudos de demanda reforçam essa tendência. O público está mais diverso, com crescimento do número de turistas estrangeiros, maior taxa de retorno de visitantes brasileiros e interesse crescente por produtos complementares. O resultado direto é o aumento dos pernoites e do gasto médio por visitante.

Parte desse avanço se explica pelos investimentos em infraestrutura. Obras como a duplicação da BR-469, revitalizações urbanas, melhorias viárias e ampliação da conectividade aérea — com expansão do aeroporto e mais voos diretos — reduzem gargalos históricos e facilitam o acesso aos atrativos. Soma-se a isso a segunda ponte binacional e os projetos de integração com Paraguai e Argentina, que fortalecem o turismo de compras e os roteiros multinacionais.

A iniciativa privada também acompanha esse ritmo. Novos hotéis, incluindo resorts e empreendimentos voltados a eventos e convenções, além de atrações como aquários, centros culturais, expansão de parques temáticos e modernização de equipamentos existentes, ampliam a oferta e atraem segmentos de maior poder de consumo.

Com mais opções de lazer, cultura, gastronomia e eventos, o turista permanece mais tempo e consome mais. Ao mesmo tempo, cresce a profissionalização do setor, com investimentos em qualificação, melhoria dos serviços e novos padrões de atendimento — fatores essenciais para transformar visitantes em promotores do destino.

Os desafios existem e precisam ser enfrentados: sustentabilidade ambiental, coordenação entre os países da tríplice fronteira e a necessidade de reduzir a dependência das Cataratas. Diversificar a oferta é fundamental para tornar o turismo mais resiliente.

Ainda assim, o cenário é claro. Foz do Iguaçu está no caminho certo. Com planejamento, integração e execução bem-feita da lição de casa, o destino tem tudo para se consolidar como uma das maiores referências do turismo brasileiro.


Marco Gonzaga é gerente geral do Dreams Park Show, graduado em Marketing, com mestrado pela UNESP. Atuou em empresas como Rio Quente Resorts (AVIVA), WAM Group, além de hotéis e parques em todo o Brasil.

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