Ian Vargas | OPINIÃO
Desde o lançamento do Novo PAC em 2023 pelo Governo Federal, Programa de Aceleração do Crescimento, Foz do Iguaçu passou a receber um volume importante de recursos para áreas fundamentais, como saúde, habitação, educação e cultura. É gratificante ver que nossa cidade foi contemplada com obras que, além de estruturantes, representam um melhoria na qualidade de vida da população.
Com a vigência do programa foram aprovadas quatro grandes obras para o município: a construção de uma policlínica no bairro Morumbi, recursos para uma escola em tempo integral, uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que está em licitação para construção no Bubas e ainda um Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU da Cultura) que também será construído no Bubas. Juntos, esses projetos somam mais de R$ 60 milhões em recursos públicos federais.
Com uma área de 3 mil metros quadrados, o investimento, incluindo a construção, os equipamentos e o mobiliário, será de R$ 30 milhões. Desse total R$ 17 milhões já foram liberados pelo Ministério da Saúde. A policlínica, considerada atualmente maior investimento do Novo PAC em Foz do Iguaçu, está em fase pré- licitação. A unidade funcionará como um centro de atenção especializado, com consultas, exames e pequenos procedimentos.
No mês passado, o Governo Federal anunciou o resultado da seleção das propostas apresentadas no eixo da Saúde dentro do Novo PAC, propostas selecionadas somam mais R$ 2 milhões em recursos. Nesse eixo, Foz do Iguaçu foi contemplado com mais uma Unidade Básica de Saúde, combos para reforma ou ampliação da estrutura física de 10 UBS, um kit com equipamentos para realizar teleconsultas e uma ambulância para o SAMU 192.
Os dados do Ministério da Saúde mostram com clareza a força desse investimento em nossa cidade. Desde o lançamento do Novo PAC, o número de médicos do Programa Mais Médicos em Foz saltou de 23 para 63 profissionais. Além disso, duas das três UPAs em funcionamento passaram a receber custeio federal. Temos hoje 30 UBSs, 79 equipes de Saúde da Família, 6 equipes de Atenção Básica, o Centro de Especialidades Odontológicas, 29 equipes de saúde bucal e três CAPS, todos com apoio financeiro direto do Governo Federal.
No campo da habitação, os avanços também são visíveis. O Governo ampliou o acesso ao Minha Casa Minha Vida, aumentando o teto de renda para famílias com até R$ 12 mil mensais e garantindo 3% das unidades habitacionais para a população em situação de rua. Em 2023, já foram aprovadas 516 unidades habitacionais pelo FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), com obras em andamento nos bairros Morumbi e Jardim Dona Fátima. Esses empreendimentos, que receberam os nomes de Gal Costa, Elis Regina e Rita Lee, somam mais de R$ 100 milhões em investimentos, moradias devem ser entregues até dezembro de 2026.
Somando esses projetos às 1.200 moradias individuais contratadas no âmbito do Minha Casa Minha Vida, com recursos de mais de R$ 244 milhões, e as 42 unidades do Programa Pró-Moradia/FGTS no bairro Três Lagoas, Foz do Iguaçu ultrapassará 2 mil novas moradias populares neste período.
Com os recursos garantidos e a decisão política tomada, conseguimos tirar os projetos do papel e transformá-los em ações concretas que geram emprego, renda e movimentam a economia da nossa cidade. Agora, é essencial que União, Estado e Município trabalhem juntos, de forma coordenada, cumprindo todos os trâmites legais, para que esses investimentos cheguem com agilidade e realmente façam a diferença na vida da população.
Ian Vargas é advogado, ex-superintendente do FozHabita e ex-secretário de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade de Foz do Iguaçu. Mestre em Sociedade, Cultura e Fronteiras pela Unioeste.
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