Rádio Clube
H2FOZ
Início » Opinião » Uma Área de Interesse Turístico no encontro de três países: o que fazer?

Opinião

Uma Área de Interesse Turístico no encontro de três países: o que fazer?

Paulo Angeli, presidente do (Comtur), ressalta a necessidade de projetos na região próxima ao Marco das Três Fronteiras que beneficiem moradores e turistas.

3 min de leitura
Uma Área de Interesse Turístico no encontro de três países: o que fazer?
Uma vasta área verde próxima ao Marco das Três Fronteiras foi designada, no plano diretor da Prefeitura de Foz do Iguaçu, como Área Especial de Interesse Turístico (ZT1). Foto: Yup Star Foz

Por Paulo Angeli – OPINIÃO

Poucos sabem, mas há alguns anos uma vasta área verde próxima ao Marco das Três Fronteiras e às ruínas do Espaço das Américas foi designada, no plano diretor da Prefeitura de Foz do Iguaçu, como Área Especial de Interesse Turístico (ZT1).

Publicidade

De acordo com a Lei 6.513, de 20 de dezembro de 1977, tais áreas são consideradas partes contínuas do território nacional, abrangendo suas águas territoriais, e devem ser preservadas e valorizadas por seu valor cultural e natural, destinando-se à implementação de planos e projetos de desenvolvimento turístico.

Esse título representa uma grande conquista para o setor, especialmente considerando que, anteriormente, cogitou-se a instalação de um novo porto seco no mesmo local. Teria sido um desperdício notável para um ponto tão privilegiado, onde os rios Paraná e Iguaçu se encontram.

Mas por que trago esse assunto à tona? Este local singular e icônico, situado na fronteira entre três países representa uma oportunidade única para a criação de um novo espaço de lazer para os moradores, além de contribuir para a missão de prolongar a estadia dos turistas em nosso destino.

É notável a transformação que vivenciamos na região nos últimos anos, com a singularidade e a beleza contemplativa desse espaço gerando imagens espetaculares que circulam pelo mundo. Além disso, não podemos ignorar os benefícios econômicos, como a geração de empregos e renda para a população local.

Um investimento por ali seria fundamental, por exemplo, para transformar o Espaço das Américas, de área degradada e perigosa, em um atrativo que honre a paisagem, a exemplo do que ocorreu com o Marco das Três Fronteiras, que proporciona um pôr do sol inesquecível, além de valorizar a cultura do Brasil, Argentina e Paraguai.. Outro exemplo prático foi o que ocorreu com a Yup Star Foz, um investimento privado criado em plena pandemia que hoje atrai turistas e a população. O passeio fica ainda mais completo com a imponência da ponte estaiada, que em breve deve ligar Brasil e Paraguai.

Pelo Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu (COMTUR), conseguimos inserir essa importante pauta em um documento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (CODEFOZ) com demandas de projetos para a cidade. O nosso pedido é por recursos que possibilitem a contratação de uma empresa especializada para desenvolver um estudo de ocupação turística daquela região. A Tríplice Fronteira merece!

Paulo Angeli é presidente do Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu (Comtur) e idealizador do Festival das Cataratas.

________________________________

Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ

Newsletter

Cadastre-se na nossa newsletter e fique por dentro do que realmente importa.


    Você lê o H2 diariamente?
    Assine no portal e ajude a fortalecer o jornalismo.
    Assuntos

    Por leitor

    Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ. Quer divulgar a sua opinião. Envie o seu artigo para o e-mail portal@h2foz.com.br