Paraguai e Interpol firmaram, na última quarta-feira (16), um convênio de cooperação para fortalecer a fiscalização migratória nas fronteiras, portos e aeroportos do país.
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A parceria envolve a Direção Nacional de Migrações (DNM), o Ministério do Interior e a Polícia Nacional do Paraguai, responsável pela seção local da Interpol.
De acordo com a agência pública IP, o convênio permitirá realizar consultas à base de dados da Interpol, em tempo real, sobre cidadãos paraguaios e estrangeiros que tentam entrar no país.
Ao jornal La Nación, Jorge Kronawetter, diretor da DNM do Paraguai, exemplificou que há pessoas com documentos emitidos em países diferentes do local de nascimento.
“Por exemplo, quando uma pessoa de nacionalidade colombiana, mas com passaporte argentino, tem um alerta para o pasaporte argentino. Se ele apresentasse os documentos colombianos, dificilmente conseguiríamos detectar o alerta”, apontou.
“Entretanto, com este convênio, poderemos ter acesso direto à base nominal de dados da Interpol, podendo conferir a situação, independentemente do documento apresentado no Paraguai”, disse o diretor.
Assim, agentes em locais como a Ponte da Amizade ou o Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, o principal do Paraguai, poderão identificar foragidos com mais facilidade.
“Com isso, conseguiremos elevar o padrão de segurança da nossa instituição no trabalho de controle migratório”, celebrou Kronawetter.
Para visitantes que cruzam a fronteira somente para visitar Ciudad del Este e arredores, permanecendo menos de 24 horas, o Paraguai não exige registro migratório.
Para estadias mais prolongadas ou distâncias maiores, porém, o registro de entrada e saída nos postos da DNM é obrigatório. Em Ciudad del Este, o balcão de atendimento fica na aduana da Ponte da Amizade.