Presidente do Paraguai entre 2013 e 2018, o empresário Horacio Cartes teve seu nome retirado das sanções da Lei Magnitsky, dos Estados Unidos. Cartes entrou na lista em janeiro de 2023, conforme nota oficial divulgada pelo governo dos EUA à época.
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O anúncio da retirada das sanções ocorreu nesta segunda-feira (6). Primeiramente, Cartes publicou uma nota oficial em suas redes sociais. Em seguida, a embaixada dos Estados Unidos na capital do Paraguai, Assunção, confirmou o fim das restrições.
“Com humildade e satisfação, recebo a notícia da retirada das sanções que pesavam sobre mim. Durante esses anos, guardei silêncio por respeito às instituições e porque sempre confiei que a verdade iria se impor. Esse dia finalmente chegou”, afirmou Cartes.
A imposição de sanções a Cartes, por parte do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), ocorreu durante o governo de Joe Biden nos Estados Unidos.
Na ocasião, a Casa Branca classificou o ex-presidente do Paraguai como “significativamente corrupto”, apontando uma série de razões para sancionar Cartes e suas empresas.
As justificativas incluíam “atos de corrupção antes, durante e depois do mandato”, supostos pagamentos de suborno e tentativas de obstruir investigações internas e externas.
Na nota oficial divulgada em suas redes, Cartes considerou a retirada de seu nome da lista como “uma oportunidade para continuar servindo ao Paraguai”.
“Estendo um reconhecimento ao governo dos Estados Unidos, liderado pelo Sr. Presidente Donald Trump, por ter atuado com objetividade e sentido de justiça”, indicou. “Espero contribuir para o fortalecimento da amizade histórica entre Paraguai e EUA.”
Atualmente, Cartes preside o Partido Colorado, maior legenda política do país. Santiago Peña, atual presidente do Paraguai, ingressou na política partidária tendo como padrinho político, justamente, Horacio Cartes.