Ministério Público e Polícia Nacional do Paraguai estão investigando o caso em que a conta de um cidadão brasileiro, expulso do país no final de janeiro, foi esvaziada por pelo menos dois indivíduos.
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De acordo com o jornal Última Hora, as suspeitas recaem sobre um agente da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai e um segundo homem, também de nacionalidade paraguaia.
A ocorrência teve início no dia 22 de janeiro, quando agentes prenderam o brasileiro O.V.N. na região metropolitana de Assunção.
Procurado no Brasil como mandante do homicídio de um pecuarista, O.V.N. foi imediatamente expulso do Paraguai e entregue à Polícia Federal (PF).
Na semana seguinte, contudo, começaram a ocorrer movimentações nas contas do brasileiro no Paraguai, como transferências e compras on-line.
Hugo López, advogado de O.V.N., afirma que, antes da expulsão, o brasileiro teve seus celulares apreendidos pela Senad. Os agentes da instituição teriam solicitado, inclusive, senhas de aplicativos. Além disso, teriam ficado de posse de cheques já assinados.
A movimentação identificada a partir de 27 de janeiro, data em que O.V.N. não estava mais no Paraguai, giraria em torno de US$ 30 mil. O dinheiro teria pago a compra de itens como roupas de grife, calçados e eletrônicos de alto valor.
Prisão de agente da Senad do Paraguai
Ao canal NPY, o delegado Diosnel Alarcón, chefe do Departamento de Crimes Cibernéticos da Polícia Nacional do Paraguai, confirmou duas prisões.
Um dos presos, de 25 anos, trabalha na própria Senad, como agente antidrogas. O segundo homem, de 23 anos, teria atuado como cúmplice, retirando fisicamente as mercadorias compradas pela internet em lojas do país.
O envolvimento de mais indivíduos segue em investigação. O caso está em destaque nos principais veículos de comunicação do Paraguai nesta segunda-feira (10).
