O governo do Paraguai apresentou projeto de reforma da estrutura do Poder Executivo, com o objetivo de aprimorar a eficiência da gestão. Uma proposta relacionada ao turismo, porém, vem gerando preocupação em associações do setor.
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Conforme o texto elaborado pelo gabinete do presidente Santiago Peña, a Secretaria Nacional de Turismo (Senatur) passaria a integrar o Ministério da Indústria e Comércio.
De acordo com o governo do Paraguai, a incorporação permitiria articular esforços de promoção e desenvolvimento dos diferentes setores da economia. Entidades ligadas ao turismo, hotelaria e gastronomia, contudo, temem perda de prioridade e autonomia.
Em declarações reproduzidas pelo jornal Última Hora, Manuel Benítez Codas, representante da Associação Industrial Hoteleira do Paraguai (AIHPy), expressou posição contrária à mudança.
“O Paraguai construiu um marco normativo e institucional sólido nos últimos 15 anos, mas o problema real não recai tanto sobre a falta de instrumentos, mas de continuidade, execução efetiva, um orçamento real e o poder de posicionar o turismo como uma prioridade estratégica do Estado”, afirmou.
Na avaliação do empresário, nas últimas gestões, “o turismo ficou sem planos claros, sem uma estratégia de longo prazo e com um protagonismo menor do que merece”.
A solução, na avaliação de Codas, passa pela união entre os setores público e privado. “O turismo não depende só de decretos ou estruturas burocráticas, mas da paixão e da visão daqueles que acreditam em seu potencial”, argumentou.
A AIHPy e outras entidades defendem a elevação da Senatur ao status de Vice-Ministério do Turismo, bem como a criação de uma agência de promoção, similar à Embratur. Enquanto o martelo não está definitivamente batido, as conversações continuam.

