Dia da Independência tem ato de apoio a Bolsonaro em Foz do Iguaçu

A concentração foi na Praça do Mitre, seguida de passeata até a Praça da Paz.

Apoie! Siga-nos no Google News

A concentração foi na Praça do Mitre, seguida de passeata até a Praça da Paz.

No 199º aniversário do ato formal de Independência do Brasil, nesta terça-feira, 7, manifestação em Foz do Iguaçu referendou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O movimento iguaçuense fez parte da programação em várias cidades do país. Também houve protestos contra o presidente em capitais e municípios brasileiros.

Leia também:
Contra Bolsonaro: manifestação em Foz critica inflação, desemprego e fome

Vestidos de roupas com as cores verde e amarela, camisetas da seleção brasileira de futebol e com bandeiras nacionais (alguns portavam a bandeira imperial) Imperialos participantes lotaram a Praça do Mitre e as duas pistas da Avenida Jorge Schimmelpfeng, em frente. O trânsito foi interrompido na área perimetral, da Avenida Brasil à Rua Marechal Floriano Peixoto. Em seguida, o movimento seguiu em passeata por alguns quarteirões, até a Praça da Paz.

Ainda na Praça de Paz, caminhão que remete a um veículo militar foi utilizado para a sonorização. Houve orações religiosas, além de carretas e carros que circulavam pela área próxima fazendo buzinaço. Os organizadores distribuíram faixas e cartazes gratuitamente aos presentes, materiais que continham as reivindicações do movimento. Uma bandeira o Império era erguida por um dos participantes.

Participantes do ato em Foz do Iguaçu ocuparam a praça e a avenida em frente – Foto: Marcos Labanca

Durante a semana, Bolsonaro usou as redes sociais para convocar seus apoiadores a irem para as ruas. Os protestos ocorrem em meio a uma crise institucional entre os poderes – em que o presidente chegou a pedir o impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – acompanhada de queda de popularidade do governo, alta dos preços de produtos e elevado desemprego.

Contra o STF e o Congresso

Os principais alvos da manifestação foram o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Houve pedidos de intervenção das Forças Armadas para a elaboração de uma nova Constituição. “Democracia é a vontade da maioria, e não o autoritarismo de uma minoria sob toga”, falou ao microfone um dos organizadores do ato, expondo sua percepção de democracia e patriotismo.

Uma das faixas dizia que o imunizante contra o novo coronavírus aprovado pelas autoridades sanitárias do país e distribuído pelo Ministério da Saúde é “vacina experimental”. Em outro banner, o pedido era para que Bolsonaro convoque as Forças Armadas para fazer a criminalização do socialismo e do comunismo, seguido da convocação de uma “nova Constituinte”.

Cartazes pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional – Foto: Marcos Labanca

As faixas reforçavam o pedido de reforma da Carta Magna, voto impresso “auditável” com contagem pública, tratamento precoce, autonomia médica e uma pauta genérica pelo saneamento das instituições. “Eu pergunto ao ministro Alexandre de Moraes [do STF]: o que aqui lhe parece antidemocrático? Pedimos o saneamento das instituições para que o Brasil possa funcionar”, afirmou o odontólogo Ranieri Marchioro, um dos promotores do ato.

“Estamos reivindicando o cumprimento da Constituição Federal. O que estamos assistindo no Brasil é o abuso de autoridade por parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal e a omissão do Congresso Nacional”, defendeu. “O Senado e a Câmara são omissos, sim. Muita gente lá [no Congresso] tem o rabo preso no Supremo”, avaliou Ranieri, político que disputou as últimas eleições para prefeito de Foz do Iguaçu.

Manifestação a favor de Bolsonaro terminou na Praça da Paz, na Avenida JK – Foto: Marcos Labanca

Os presidentes da Câmara e do Senado federal, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (DEM), foram eleitos para os cargos com o apoio de Bolsonaro; ambos os partidos dão sustentação política ao governo federal. A Constituição de 1988 foi resultado do processo de redemocratização do país, após o fim do regime militar em 1985.

Óia a onça, ops, não, OUÇA:
Guarê – Podcast do H2FOZ

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.