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Guaranis do Oeste disputam Jogos Indígenas em São Miguel do Iguaçu

Provas ocorreram na comunidade Tekoha Ocoy, às margens do lago de Itaipu, com modalidades como arco e flecha e jogo da onça.

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Guaranis do Oeste disputam Jogos Indígenas em São Miguel do Iguaçu
Corrida do Saco é uma das atividades que mais atrai a atenção da comunidade. Foto: Gentileza/Itaipu Binacional

Localizada às margens do lago de Itaipu, em São Miguel do Iguaçu, a comunidade Tekoha Ocoy recebeu, nesse fim de semana, a quinta edição dos Jogos Indígenas, atividade esportiva e cultural que mobiliza as quase duzentas famílias de etnia guarani residentes no local e atrai visitantes de outras aldeias do Oeste do Paraná.

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As modalidades disputadas incluíram arco e flecha, arremesso de lança e jogo da onça, um jogo de tabuleiro no qual pedras são usadas como peças.

“O jogo da onça é da tradição guarani e foi redescoberto através de pesquisas. Era um jogo utilizado em dias de chuva, então as famílias usavam dentro de suas casas, riscando o tabuleiro no chão”, destaca a pedagoga Rafaela Lago Mondardo, que participou da organização dos Jogos Indígenas de 2023.

As outras modalidades presentes foram a corrida m’bopa, cabo de força, corrida de saco, pescaria, canoagem, corrida de carrinho e futebol, nas categorias infantil, juvenil e adulto.

Jogo da Onça foi resgatado em pesquisas com os membros mais velhos das aldeias guaranis. Foto: Gentileza/Itaipu Binacional
Jogo da Onça foi resgatado em pesquisas com os membros mais velhos das aldeias guaranis. Foto: Gentileza/Itaipu Binacional

Os jogos tiveram o apoio de Itaipu Binacional, cujo gestor dos Programas de Sustentabilidade Indígena, Paulo Porto, sublinhou o fortalecimento das tradições guaranis e da identidade de grupo, além do aumento da visibilidade das comunidades.

“Desta forma, acaba também colaborando na luta contra o preconceito contra os povos tradicionais, não somente aqui próximo de Foz do Iguaçu e São Miguel, mas em todo o Oeste do Paraná”, reforçou.

Mesmo saberes tradicionais, como o estilingue, merecem atenção especial para que não caiam no desuso. Foto: Gentileza/Itaipu Binacional
Mesmo saberes tradicionais, como o estilingue, merecem atenção especial para que não caiam no desuso. Foto: Gentileza/Itaipu Binacional
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Guilherme Wojciechowski

Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2022. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.