Obras da ponte e da Perimetral transformam tríplice fronteira

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Além da ponte, cada vez mais avançada, já começam a ficar visíveis as obras da Perimetral Leste.

Quem vai ao Marco das Três Fronteiras ou passa pela Ponte Tancredo Neves, já tem uma ideia da grande transformação que haverá em toda a região quando forem concluídas a Ponte da Integração Brasil-Paraguai e a Perimetral Leste, rodovia por onde circularão as mercadorias entre Argentina, Paraguai e Brasil.

A ponte já está com 70% das obras concluídas. A Perimetral Leste tem apenas 4,11% executados, mas a movimentação é grande nos trabalhos de preparação para as obras do viaduto da BR-469, a Rodovia das Cataratas, e principalmente no viaduto de acesso à Ponte Tancredo Neves, onde já são visíveis os pilares.

A Ponte da Integração, sobre o Rio Paraná, que vai ligar Foz do Iguaçu a Presidente Franco, no Paraguai, já teve um investimento de R$ 162 milhões, dos R$ 323 milhões estimados pela Itaipu Binacional, que financia tanto essa obra como a da Perimetral Leste.

A ponte fica pronta em setembro de 2022, conforme a previsão, mas a Perimetral Leste será concluída só em meados de 2023, porque sofreu alterações no projeto, que agora inclui mais dois viadutos: sobre as avenidas Felipe Wandscheer e República Argentina. Também houve ampliações nos projetos das duas aduanas para controlar o fluxo de pedestres e carros de passeio.

Na foto de Walter Dy, do canal Skyscraper City, a Ponte da Integração, avançando de Foz para Presidente Franco, pouco antes de o Rio Iguaçu desaguar no Rio Paraná. A ponte fica, pelos caminhos existentes, a cerca de 15 km da Ponte Tancredo Neves (ou da Fraternidade), sobre o Rio Iguaçu, que liga Foz a Puerto Iguazú, na Argentina.

Embora em rios diferentes, a Ponte da Integração fica a apenas 15 km (pelas vias atuais) da Ponte Tancredo Neves, sobre o Rio Iguaçu, que liga Foz do Iguaçu a Puerto Iguazú, na Argentina.

Com a Perimetral Leste, toda a região de fronteira entre os três países ganhará nova dimensão e uma estrutura até hoje inimaginável.

Os caminhões vindos do Brasil passarão pelas aduanas e, a partir dali, seguirão seu destino, rumo à Argentina ou ao Paraguai. As aduanas também vão receber os caminhões vindos da fronteira argentina e paraguaia.

As cargas que entram e saem do Brasil serão vistoriadas e legalizadas no futuro porto seco, que será construído nas proximidades da conexão entre a Perimetral Leste e a BR-277, sem passar por vias centrais de Foz do Iguaçu, o que vai representar mais segurança para o trânsito e mesmo redução de custos no transporte.

A PONTE

O último último boletim técnico divulgado pelo consórcio que constrói a ponte e a nova rodovia, publicado no portal do DER/PR, informa que, na Ponte da Integração, a construção alcançou 70% de execução em setembro, ante 67% em agosto.

No mês, na margem brasileira, foi posicionada no vão central da ponte a terceira de um total de 37 aduelas metálicas (estrutura que formará a base da pista). De acordo com a nota técnica, “essa movimentação aconteceu através de um conjunto de treliças denominado ‘dispositivo de lançamento’, projetado e construído exclusivamente para posicionar as aduelas metálicas no vão central”.

Também em setembro, foi feita a pré-montagem de outras duas aduelas metálicas, no canteiro de obras, e finalizada a instalação de “tubos fôrma” no mastro principal brasileiro, que deverá atingir 188 metros de altura (da fundação ao topo da torre) até o final do mês.

Na margem paraguaia, o consórcio informou que foram tensionados os primeiros estais (cabos) verticais e iniciadas as pré-montagens de duas aduelas metálicas. “No mastro principal, as execuções da Câmara de Estais tiveram um avanço significativo, com o início do posicionamento das fôrmas metálicas internas perdidas e a concretagem de parte das paredes da estrutura”, complementa o documento.

A PERIMETRAL

A partir do trevo da Argentina, um viaduto, já em obras, vai permitir a passagem sobre a BR-469. Foto: projeto

As obras da Perimetral Leste, rodovia de 15 quilômetros que vai conectar a nova ponte internacional à BR-277, atingiram no mês 4,11% de execução, com investimento de aproximadamente R$ 4,2 milhões, recursos da margem brasileira de Itaipu.

No último dia 17, algumas melhorias incorporadas ao projeto da Perimetral foram apresentadas pela Itaipu, Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz).

A atualização no projeto foi necessária para permitir desapropriações e a inclusão de obras não previstas, como a construção de dois novos viadutos (no cruzamento da Perimetral com as avenidas Felipe Wandscheer e República Argentina) e ampliações das duas aduanas para controlar o fluxo de pedestres e carros de passeio.

Com as mudanças, a expectativa é que a Perimetral seja concluída em meados de 2023, com custo total de R$ 336 milhões. As mudanças ainda precisam ser aprovadas pelo Conselho de Administração da Itaipu.

MISSÃO

A nova ponte internacional e a Perimetral Leste fazem parte do rol de obras financiadas pela Itaipu Binacional e anunciadas nos últimos dois anos. Entre elas, a reforma e a ampliação do terminal e da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, a duplicação da BR-469 (Rodovia das Cataratas) e melhorias na infraestrutura de transmissão de energia. Os investimentos na região somam mais de R$ 2,5 bilhões.

“Faz parte da missão da empresa contribuir para o desenvolvimento do Brasil e Paraguai, com projetos que beneficiem a população em geral e fiquem como legado para as futuras gerações”, afirmou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general João Francisco Ferreira.

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