Enquanto a vacina não vem, cuide-se! Veja a situação em Foz, Paraná e mundo afora

Em alguns países as campanhas de vacinação já começaram, mas é cedo pra falar em resultados. Aqui, pode demorar, o que exige o cumprimento dos protocolos sanitários.

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Sobre Foz do Iguaçu, já não há muito o que falar. Vê-se nas ruas ainda muito desprezo pelas simples regras de prevenção contra o vírus. E os casos se multiplicam: já são 16.925. As mortes somam 235.

Esta situação, de não obedecer aos protocolos sanitários, se repete em muitos municípios paranaenses. Resultado: 2.206 casos confirmados só nas últimas 24 horas até sexta-feira, no Paraná, com mais 41 mortes.

Com isso, o Estado soma 367.857 casos e 7.153 óbitos. Nos hospitais, há 1.628 pacientes internados com diagnóstico confirmado de covid-19, dos quais 436 em enfermaria.

Curitiba, epicentro da pandemia no Paraná. Foto Maria do Carmo Duarte Freita/Pixabay

Apesar dos números, a média móvel casos, no Paraná (ao contrário de Foz do Iguaçu), baixou 17,3%n em relação há 14 dias. Só que esta média móvel, de sete dias até quinta-feira, 17, era de nada menos que 3.025 novos casos por dia.

A média móvel de mortes também mostrou queda, mas menor (menos 7,1%), em relação há 14 dias. No registro até quinta-feira, foram 42 mortes por dia.

A grande sacanagem dos mais jovens está justamente na diferença de idade de quem pega pega mais casos e de quem mais morre.

A média de idade das pessoas confirmadas com covid-19 é de 39,4 anos; já a idade média das que morreram é de 68,82 anos. Os que não se cuidam viram a morte ambulante.

Só pra dar uma ideia do que representa o número de casos no Paraná, se o Estado fosse um país estaria em 32º lugar no ranking mundial, à frente de Portugal, Áustria, Bolívia, Dinamarca, Venezuela e China (onde tudo começou).

No ranking das mortes, estaria em 35º lugar, à frente de Suíça, Portugal, Áustria e China (de novo!), pra dar só alguns exemplos.

MORTES NO BRASIL VOLTAM A FICAR ABAIXO DE 1.000 POR DIA

O número de vidas perdidas para a covid-19 chegou a 185.650. Nas 24 horas desde o boletim de ontem, foram registradas 823 mortes, número menor que nas 24 horas anteriores, quando o acréscimo às estatísticas foi de 1.092, batendo a marca dos 1 mil que não ocorria desde setembro. Ainda há 2.253 mortes em investigação.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta sexta-feira (18). O balanço é formado a partir das informações enviadas pelas secretarias de saúde dos estados, segundo matéria da Agência Brasil

O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia somou 7.162.978. Desde ontem foram registrados 52.544 novos diagnósticos positivos de covid-19.

Boletim Epidemiológico da Covid-19 publicado pelo Ministério da Saúde ontem indica aumento de 6% no número de infectados e de 11% nas mortes por covid-19.

Ainda conforme a atualização do órgão, há 779.143 pacientes em acompanhamento. Outras 6.198.185 se recuperaram da infecção.
Estados

A lista dos estados com mais mortes pela covid-19 é encabeçada por São Paulo (44.878), Rio de Janeiro (24.351), Minas Gerais (11.009), Ceará (9.903) e Pernambuco (9.383).

As Unidades da Federação com menos óbitos pela doença são Acre (757), Roraima (769), Amapá (864), dado referente a ontem, Tocantins (1.212) e Rondônia (1.689).

Números da covid no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Todos sabemos que o Brasil é o 3º no ranking mundial de casos e o 2º em mortes provocadas pela doença, embora em relação à população a mortalidade seja menor que em outros países, como Espanha (1.040 mortes por milhão de habitantes) e Argentina (905,91). A mortalidade no Brasil corresponde a 883 mortes a cada milhão de brasileiros).

NO PARAGUAI, GOVERNO ESTÁ MEIO “PERDIDO”

Embora com uma situação bem melhor que a dos vizinhos Brasil e Argentina, o Paraguai também enfrenta um aumento de casos (98.296) e mortes (2.050). A situação da saúde pública está à beira de um colapso.

Nesta sexta-feira, 18, havia 827 pacientes internados, dos quais 182 em terapia intensiva. Há uma semana, eram 783 pacientes, dos quais 150 em terapia intensiva. O governo está utilizando leitos da rede privada, que contratou via convênio, mas há uma limitação também desses leitos.

As festas de final de ano tornaram-se a grande dor de cabeça mais recente para o Ministério de Saúde Pública do Paraguai.

O governo publicou um decreto proibindo bailes, esportes amadores que impliquem contato físico e desabilitou piscinas públicas, balneários e praias.

O ministro Julio Mazzoleni pretendia, também, proibir o deslocamento de moradores da Grande Assunção, epicentro dos casos, para cidades do interior, para evitar a contaminação. Mas houve tantos protestos que desistiu da intenção.

Mesmo com o aumento da pandemia o Paraguai registra uma proporção de 1.404 casos a cada 1 milhão de habitantes, número ainda razoável. E são 292,8 mortes a cada milhão de habitantes. Compare com a situação dos vizinhos e vai entender como é muito melhor.

Só tem um problema, já citado anteriormente: quanto mais casos, mais leitos são necessários. E a velha máxima: quanto mais casos, mais mortes, inevitavelmente.

ARGENTINA ANUNCIA EXTENSÃO DAS RESTRIÇÕES ATÉ 31 DE JANEIRO

Situação argentina é grave, mas leitos ainda não são um grave problema. Foto Agência Télam

Em 10º lugar tanto em casos quanto em mortes, no ranking mundial, a Argentina registrou na sexta-feira, 18, o total acumulado de 1.531.374 casos e 41.672 óbitos.

Mas, mesmo com muitos casos, proporcionalmente à população, o país não enfrenta falta de leitos. A ocupação de leitos de adultos, no país, é de 54,4%, enquanto na Área Metropolitana Buenos Aires é de 58,4%.

Para tentar conter a expansão do vírus, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, ampliou o prazo das restrições vigentes até 31 de janeiro de 2020.

O ministro de Saúde argentino, Ginés González García, garantiu, em entrevista coletiva, que a campanha de vacinação vai começar “antes do fim do ano”. A vacina deverá ser a russa Sputnik. “A vacinação será massiva e inédita”, disse García, segundo a agência Télam.

Mas já há discrepância nos números. Inicialmente, o governo argentino informou que chegariam ao país, dia 24 de dezembro, 600 mil doses de vacinas. Depois, o número foi reduzido para 300 mil, conforme o jornal Clarín.

VACINAÇÃO MUNDO AFORA

A vacina russa que a Argentina está importando. Foto Agência Télam

Aqui no Brasil, já foi divulgado o plano nacional de imunização contra covid-19. Ainda não há data para o início, porque ainda não foi aprovada nenhuma vacina pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Quase todos os países da América Latina estão na mesma situação. O México e o Chile já aprovaram a vacina da Pfizer/BioNTech, mas ainda nada foi feito.

Segundo o portal UOL< o restante dos países latino-americanos aguarda a aprovação de uma vacina. E parte deles espera os resultados da CoronaVac, produzida pela chinesa Sinovac com o Instituto Butantan.

EUA, Brasil, Índia, México, Itália, Reino Unido, França, Irã, Rússia, Espanha e Argentina. Reino Unido passou a Itália e a Espanha ficou à frente da Espanha.

A vacinação com a Pfizer/BioNTech já foi iniciada nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Arábia Saudita, Bahrein e Singapura aprovaram a vacina e devem começar as campanhas ainda neste ano.

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