H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
As medidas que o Ministério de Saúde Pública do Paraguai vai adotar para conter a pandemia de covid-19, que continua em alta no país:
– circulação proibida a partir da meia-noite
– duração máxima de 4 horas para eventos sociais e corporativos
– não habilitação de praias e balneários
Isso já está decidido. Mas o ministro de Saúde, Julio Mazzoleni, acrescentou outra sugestão polêmica: proibir a venda de bebidas alcoólicas depois das 24h, restrição que não vale para bares e restaurantes.
Leitores do jornal La Nación criticaram. Um deles chamou de “loucura”, porque “todos vão comprar bebidas antes do horário de restrição. E em quatro horas de atividade social permitida já estarão mais que alegres. Não é nenhuma solução”.
Outro: “Que desastre (…) Você não pode comprar (álcool) depois das 22h no armazém da esquina, mas pode beber (…quanto quiser) em todos os centros gastronômicos. Que ridículo!”
As medidas foram anunciadas pelo ministro devido à preocupação do governo com o relaxamento da população no cumprimento das medidas sanitárias, disse o jornal Última Hora.
Já é obrigatório o agendamento para entrar em restaurantes ou templos e estão proibidas as atividades desportivas e recreativas onde não se possa estabelecer o regime de reserva.
Mas podem ser anunciadas novas restrições, nos próximos dias, se a população não seguir à risca os protocolos sanitários.
Segundo o ministro, os contágios de covid-19 continuam aumentando no país, superando a média registrada entre setembro e outubro. A maior preocupação é com os deartamentos Central, San Pedro, Canindeyú, Cordillera, Paraguarí e Caaguazú. Nas outras regiões, a situação está relativamente estável (isso inclui, portanto, Alto Paraná, onde fica Ciudad del Este).
Ele informou ainda que o governo paraguaio trabalha com a Organização Panamericana de Saúde em um plano para preparar o sistema de vacinação da população.
CASOS E ÓBITOS
Nas 24 horas até quinta-feira, 3, foram registrados mais 995 contágios no Paraguai, e o país agora soma 85.477 casos confirmados.
Houve mais 13 óbitos: duas pessoas com idades entre 20 e 39 anos; duas com idades entre 40 e 59 anos; e nove com mais de 60. O número de vítimas fatais aumentou para 1.796.
Há ainda 776 pacientes internados, dos quais 145 estão em unidades de terapia intensiva. Uma semana atrás, eram 745 internados, dos quais 132 em UTI. O número vem aumentando semana a semana.
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