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Mesmo com recorde de mortes mundial, há paraguaios que recusam vacina

Primeiro no mundo em mortes por covid-19, relativamente ao número de habitantes, o Paraguai enfrenta dois problemas graves. Um deles é a falta de vacinas; outro é a recusa de parte da população em se ...

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Mesmo com recorde de mortes mundial, há paraguaios que recusam vacina
De 600 mil paraguaios com direito a receber a vacina, só 200 mil se inscreveram. Foto: Ministério de Saúde do Paraguai
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Primeiro no mundo em mortes por covid-19, relativamente ao número de habitantes, o Paraguai enfrenta dois problemas graves.

Um deles é a falta de vacinas; outro é a recusa de parte da população em se vacinar.

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O site Worldometers traz o Paraguai com 127 mortes a cada 1 milhão de habitantes, nos últimos sete dias.

Com este índice, voltou a passar o Uruguai, agora  segundo no mundo em mortes proporcionais ao número de habitantes, na semana (115 por milhão).

Só pra comparar, o Brasil, que é vice-líder mundial em mortes acumuladas, registra em sete dias 58 mortes por milhão.

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Os dez países com mais mortes, proporcionalmente, nos últimos sete dias. Os números estão na penúltima coluna à direita. Fonte: Worldometers

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O Ministério de Saúde do Paraguai anunciou nesta sexta-feira, 11, que no sábado e domingo as pessoas com 55 anos poderão se vacinar.

E, claro, também os que têm idade superior a essa. E são muitos.

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Segundo dados do Ministério, o Paraguai tem uma população de 600 mil pessoas com idades entre 50 e 59 anos. No entanto, só 200 mil se registraram para receber a imunização.

Já houve diversos apelos do governo para que os paraguaios nessa faixa de idade procurem os postos de vacinação. Resultado quase nulo.

RECUSA EM FOZ

A situação do Paraguai é mais ou menos semelhante à que vive Foz do Iguaçu: houve redução da idade de vacinação pela menor procura do público-alvo.

A partir deste sábado, pessoas que completaram 50 anos serão imunizadas.

Leia: Foz abre vacinação para pessoas a partir de 50 anos

Mas aqui a recusa não é da vacina em si, mas do tipo de vacina. Muita gente chega aos postos de vacinação e, ao saber que a oferta é de vacina “x”, dizem que querem a “y”. Da qual vieram pouquíssimas doses.

Vão ficar esperando, dizem eles. Pra sorte dos que não têm preferência e acreditam que “vacina boa é vacina no braço”.

Já no Paraguai, a recusa é por qualquer vacina. Mesmo quando os próprios bispos já disseram que “é obrigação moral” se vacinar.

Enquanto isso, os paraguaios ricos viajam aos Estados Unidos pra se imunizar. Mais de 6 mil já fizeram isso.

POUCOS IMUNIZADOS

Como o Paraguai recebeu até agora poucas vacinas, apenas 1,1% da população já tomou as duas doses.

É o índice mais baixo da América do Sul.

Mesmo em doses homeopáticas, o Brasil já imunizou com duas doses 11% dos seus habitantes; a Argentina, 7%.

Pelo menos 24,7% dos brasileiros já receberam uma dose, índice um pouco mais baixo que o de argentinos (27%).

Mas, no Paraguai, esse índice está apenas em 4,6%, de acordo com o site Our World in Datas.

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Claudio Dalla Benetta - H2FOZ

Cláudio Dalla Benetta é jornalista e repórter do H2FOZ. e-mail: cbenetta@gmail.com Veja mais mais conteúdo do autor.