Triste janeiro, no Paraguai: recorde de casos e 615 mortes por covid

E fevereiro já começou com 5.645 casos positivos e 65 óbitos, segundo o Ministério da Saúde.

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E fevereiro já começou com 5.645 casos positivos e 65 óbitos, segundo o Ministério da Saúde.

Em novos casos, janeiro deste ano foi o pior mês da pandemia de coronavírus no Paraguai. Foram confirmados 115.417, recorde de todo o período da pandemia. O recorde anterior foi em maio de 2021, com 76.307 positivos.

Os óbitos não acompanharam este quadro de casos, mas as 615 mortes representam o maior número desde junho do ano passado, quando o país teve um pico de 3.709 vítimas fatais, conforme balanço publicado no jornal La Nación.

Essa redução inversamente proporcional aos casos é uma das provas do efeito vacina e, também, de que a variante ômicron é mais transmissível, mas menos letal.

5 VEZES MAIS

Quanto mais casos, contudo, maior a possibilidade de mortes. Em dezembro, morreram 117 paraguaios, portanto o aumento de óbitos, em janeiro, foi cinco vezes maior que no último mês de 2021.

No informe do Ministério da Saúde, referente a segunda-feira, último dia de janeiro, houve um novo recorde de casos positivos diários: 6.853 contágios.

Este número desbancou a marca registrada também em janeiro, no dia 20, quando houve 6.770 positivos. Na segunda onda da pandemia, o pico foi em 4 de junho de 2021, com 3.481 casos confirmados.

Na comparação com junho, janeiro não superou nenhum recorde de hospitalizações e mortes, que continuam com aquele mês de 2021, quando houve o pico de 152 óbitos (dia 27), 4.133 internados e 627 em UTI (ambos os números são do dia 9).

Em janeiro deste ano, o pico foi de 64 mortes no dia 27 e de 1.085 internados e 187 em UTI, no dia 31.

FEVEREIRO

Na terça-feira, primeiro dia de fevereiro, houve 5.656 casos positivos de covid-19, elevando para 589.318 contágios por coronavírus desde o início da pandemia, noticia o Última Hora.

Também houve o registro de 65 mortes nas 24 horas até ontem, o que representa o recorde deste ano. São 25 mulheres e 40 homens, provenientes de Alto Paraná, Amambay, Asunção, Caaguazú, Caazapá, Central, Cordillera, Guairá, Itapúa, Ñeembucú, Paraguarí, Presidente Hayes e San Pedro.

O total de mortes por covid-19 chegou a 17.386 pessoas desde que começou esta pandemia no Paraguai.

A faixa etária das últimas vítimas fatais: duas tinham entre 20 e 39 anos e não estavam vacinadas; 8 estavam com idades entre 40 e 59 anos, das quais 3 tinham imunização completa e 5 não estavam imunizadas.

As 55 vítimas restantes eram pessoas com mais de 60 anos, das quais 17 estavam com o esquema de vacinação completo, 6 só tinham uma dose e 32 não tinham se imunizado.

Na terça-feira, havia 1.134 pessoas internadas no Paraguai com quadros de coronavírus, das quais 204 em unidades de terapia intensiva.

CRIANÇAS

Vacinação de crianças deve aumentar o índice de imunizados no Paraguai. Foto Agência IP

A segunda-feira, 31, foi o primeiro dia de vacinação exclusiva para crianças entre 5 e 11 anos.

No primeiro dia, foram imunizadas 26.347 crianças com a primeira dose. Elas compareceram aos postos de vacinação acompanhadas de pais ou responsáveis.

A expectativa é que com a vacinação de crianças o Paraguai aumente o seu índice de imunizados, que hoje é de 49% com a primeira dose e 43% com vacinação completa.

Na América do Sul, o Paraguai só tem mais gente com dose completa do que a Guiana (39,6%) e o Suriname (39,4%).

RANKING POR MILHÃO

O Paraguai no site Worldometers: crescimento de cass e de mortes supera a média mundial.

Na semana até terça-feira, 1, o Paraguai aparece em 21º lugar entre os países com maior índice de mortes por covid-19, proporcionalmente à população.

Está à frente, por exemplo, do Peru e da maioria dos países europeus, com 46 mortes a cada 1 milhão de habitantes.

A Argentina também subiu neste ranking e agora está em 30º lugar, com 39 mortes por milhão.

O Brasil está em 64º lugar, com 20 mortes por milhão, mas também subiu progressivamente durante o mês de janeiro.

Para comparar, a maior proporção de mortes tem como primeiros lugares no ranking a Bósnia e Herzegovina e as ilhas Seicheles, ambas com 111 óbitos a cada 1 milhão de habitantes.

Mesmo o Uruguai, um dos países com maior índice de vacinação, está agora em 13º lugar, com 50 mortes por milhão, acima até dos Estados Unidos (49 por milhão) e de Israel (47).

Com índice zero ou próximo de zero, estão países da África e do Oriente em geral.

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