A apreensão de droga pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) cresceu 27% no Paraná no primeiro semestre deste ano. As fronteiras com a Argentina e o Paraguai portas de entrada do ilícito e foco de preocupação das autoridades.
De janeiro a junho de 2025, a PRF retirou de circulação 171,6 toneladas de entorpecentes. No mesmo período do ano passado, foram 135,1 toneladas.
Se for mantido esse ritmo, a previsão da instituição é de romper o recorde anual de retenção de drogas de 2024, que é de 284 toneladas. Esse patamar pode ser ultrapassado nos próximos meses.
“Trata-se de um resultado operacional significativo, que decorre de investimentos crescentes em inteligência e em tecnologia, da qualificação e experiência do nosso efetivo”, avalia o superintendente da PRF no Paraná, Fernando César Oliveira. Ele também destaca a integração policial.
As drogas apreendidas nas rodovias federais pela PRF, nos primeiros seis meses do ano, foram:
- maconha: 168,2 toneladas;
- cocaína: 2,02 toneladas;
- haxixe: 279,7 quilos — maior variação, totalizando 461%.
Fronteira
A Polícia Rodoviária Federal afirma que o Paraná, pela posição geográfica, é uma porta de entrada para o tráfico de entorpecentes no Brasil. A extensa fronteira do estado com países vizinhos, como Paraguai e Argentina, facilita o escoamento, reforça.
Em muitos casos, são grandes cargas transportadas por um único veículo. Exemplo disso é a retenção ocorrida no final de junho, em Marechal Cândido Rondon, na fronteira, quando 17,2 toneladas de maconha foram localizadas.
Prisões
O tráfico de drogas é o principal crime que leva pessoas a serem detidas pela PRF. Das 1.650 prisões efetuadas pela instituição no semestre, 25% (416) foram em razão dessa infração penal. No mesmo período do ano passado, 404 pessoas foram detidas.