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Quatro detidos (um brasileiro) por atentado em festival de música do Paraguai

No atentado, duas pessoas morreram. Uma delas foi a ex-modelo e influencer Vita Aranda.

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Quatro detidos (um brasileiro) por atentado em festival de música do Paraguai
Este é Alcides Dejesús Villasboa Peralta, o Ropero, suposto autor moral do atentado. Foto MP

No atentado, duas pessoas morreram. Uma delas foi a ex-modelo e influencer Vita Aranda.

Entre os quatro suspeitos de participar do atentado ao festival de música de San Bernardino, no dia 30 de janeiro, há um brasileiro e um sub-oficial de polícia. As prisões ocorreram no final de semana.

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No atentado, que tinha como alvos homens ligados ao tráfico de drogas, foi morta a ex-modelo e influencer Vita Aranda, que levou um tiro na cabeça.

Ela estava ao lado da outra vítima fatal, Marcos Ignacio Rojas Mora, esperando o marido dela, o jogador de futebol Iván Torres. Vita tinha três filhos.

Além de Rojas Mora, suspeito de tráfico, havia no local outros criminosos, que ficaram feridos: Bogado Quevedo, procurado no Brasil por tráfico de armas e drogas, e Marcelo Monteggia, procurado pela Justiça boliviana.

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Foram feridos, ainda, Sady Aline Bonzi García, Jorge Benítez (40) e Xoana Barrientos.

Bogado Quevedo, que seria o principal alvo do ataque, conforme as investigações, e Marcelo Monteggia estão detidos na Agrupação Especializada. O primeiro, para que seja formalizada sua extradição ao Brasil. O segundo não aceitou ser extraditado para a Bolívia.

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A modelo e influencer foi uma “vítima colateral” dos tiros dos criminosos.

PRISÕES

Neste domingo, 6, quatro homens foram presos: Junior Peralta, sub-oficial de polícia de Santa Rosa del Aguaray; o brasileiro Mário Dener Lopes, que é de Ponta Porã (MS), detido em Pedro Juan Caballero, juntamente com Anderson González; e Alcides Dejesús Villasboa Peralta, vulgo Ropero, morador em Yby Yaú.

Com o brasileiro e González, foram apreendidos armas, munições, celulares e vários documentos de identidade; com González, havia munições, dois celulares e também vários documentos, como noticia o jornal Última Hora.

No caso de Alcides Dejesús Villasboa Peralta, a suspeita em relação ao atentado é que ele seria instigador e “autor moral”, segundo a promotoria. Com ele, foram apreendidos uma arma e celulares.

O sub-oficial suspeito de participar do ataque, primo do “autor moral”, e o brasileiro, cunhado de Ropero.
Algumas das apreensões feitas no domingo, que estavam com detidos. Foto MP

Segundo o jornal Última Hora, a polícia suspeita que o atentado no festival de música Ja’umina, em San Bernardino (a 48 km de Assunção), não tenha sido planejado antecipadamente.

Os criminosos apenas aproveitaram a oportunidade ao dar de cara com seus inimigos. O crime seria por vingança entre traficantes rivais.

Os materiais apreendidos com os suspeitos podem ser evidências da participação deles no atentado a tiros.

DISPUTA POR COCAÍNA

O jornal ABC Color traz novos e importantes detalhes do caso. Segundo noticia, Alcides Dejesús Villasboa Peralta, o Ropero, é suspeito de ser um chefe do tráfico que teria plantações de maconha em Yby Yaú, mas ultimamente também traficava cocaína na fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã.

Foi preso junto com ele seu cunhado, o brasileiro Mario Dener López (24). Em outra operação, num local também pertencente a Ropero, foi capturado Anderson González (35), cúmplice do suposto ideólogo do atentado.

O sub-oficial e inspetor de polícia Junior Michael Peralta Díaz, também suspeito de envolvimento no caso, é primo de Ropero.

Policiais e promotores descobriram que Marcos Ignacio Rojas Mora, morto no ataque, vendeu no ano passado uma carga de 18 quilos de cocaína a Ropero, que não pagou pela mercadoria.

Por causa disso, Marcos Mora recorreu ao quadro de disciplina do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital, do qual ele e Ropero fariam parte, embora o negócio entre ambos fosse independente.

Ropero, suspeitando que estava na mira do PCC, planejou se antecipar a Marcos e organizou o atentado contra ele, conforme a investigação da polícia e promotoria.

Supostamente, Ropero contratou seu primo policial para executar o ataque contra Marcos Rojas.

O policial conseguiu eliminar Rojas, mas acabou matando também Tina Aranda, que não tinha nada a ver com o caso.

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