Universitários de Foz do Iguaçu são acusados de integrar célula nazista

Polícia cumpriu seis ordens judiciais; grupo seria responsável por disseminar conteúdos racistas e de apologia ao nazismo na internet.

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A 6.ª Subdivisão de Polícia Civil (SDP) investiga estudantes universitários de Foz do Iguaçu que podem integrar uma célula nazista na cidade. Nessa segunda-feira, 10, foram cumpridos seis mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar.

A investigação da Polícia Civil indica que os acadêmicos participariam de grupos de disseminação de discurso de ódio e conteúdos racistas, assim como de apologia ao nazismo. Para isso, usariam os recursos da internet.

Os policiais tiveram acesso a prints de conversas e postagens realizadas por um dos integrantes do grupo, o que deflagrou a apuração. “Nessas mensagens, o investigado fazia apologia ao nazismo, postando conteúdo de ódio e racista em um grupo da universidade”, expõe a 6.ª SDP.

Um dos suspeitos usaria software para mascarar o seu IP, espécie de “RG” na internet, para não ser rastreado. Com esse aplicativo, ele “acessava grupos de disseminação de ódio na deep web”, explica o delegado Rodrigo Souza, responsável pelas investigações.

Crimes na “internet profunda”

A Polícia Civil informa que fez uma análise preliminar nos celulares apreendidos. “Foram encontrados diversos vídeos, fotos e mensagens com conteúdo racista, assim como de apologia ao nazismo”, relata. Os aparelhos serão encaminhados à perícia técnica.

As investigações continuam para identificar possíveis conexões entre os investigados e outros grupos na deep web. Esse ambiente na internet foge à regulamentação, explicou a polícia, sendo usado para proliferação de grupos nazistas e de disseminação de ódio e da violência.

Tornozeleiras

A Polícia Civil executou seis ordens judiciais. A operação envolveu mandados de busca domiciliar e de monitoração eletrônica, com “os investigados monitorados através de tornozeleiras eletrônicas”, revela a corporação. Esse acompanhamento ajudará a evitar ações dos acusados contra a comunidade escolar, conclui a polícia.

Não foram divulgados nomes dos envolvidos nem das instituições em que estão matriculados.

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