A primeira versão do traçado consolidado da Rota Turística Caminhos do Peabiru foi apresentada a representantes das Secretarias de Estado do Planejamento e do Turismo e a gestores municipais. A reunião, realizada de forma online, contou com 112 participantes.
O traçado unificado, chamado Eixo Tronco – Versão 1, servirá de base para que os municípios realizem consultas públicas e debatam o caminho proposto. As sugestões colhidas e os pareceres dos grupos locais serão encaminhados ao estado, contribuindo para a formação das redes de trilhas locais e complementares conectadas à rota principal.
“O projeto representa uma contribuição inestimável para o Paraná. É um movimento estratégico que, ao valorizar a rica ancestralidade e a cultura indígena paranaense, mantém viva a nossa história”, afirmou o secretário do Planejamento, Ulisses Maia. “Com a participação integrada dos municípios, o Peabiru se consolida como vetor de desenvolvimento local, impulsionando o turismo cultural e histórico, e levando educação e cultura às comunidades envolvidas.”
Ao todo, 97 municípios participam do Caminhos do Peabiru. Cada um deles realizará consulta pública entre 20 e 30 de novembro para aprovação e coleta de sugestões. Os relatórios com as contribuições deverão ser entregues ao Estado até 7 de dezembro.
Caminhos do Peabiru
Para o secretário estadual do Turismo, Leonaldo Paranhos, o projeto é mais do que um roteiro turístico. “O Caminhos do Peabiru é um resgate vivo da nossa história e da identidade dos povos que formaram o Paraná. A consolidação desse traçado simboliza a união entre passado e futuro: preservamos a memória e abrimos caminhos para o desenvolvimento sustentável, com geração de renda e fortalecimento das comunidades locais.”

A definição da primeira versão do Eixo Tronco resultou de reuniões técnicas entre o Governo do Estado e a equipe da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec), ligada à Universidade Estadual de Maringá (UEM). O trabalho envolveu ainda o Paraná Projetos, o Instituto Água e Terra (IAT), o Conselho do Patrimônio Cultural, o Museu Paranaense e a Rede Brasileira de Trilhas.
Participação social
A construção do traçado é um processo participativo e coletivo, com base em oficinas e relatórios técnicos enviados pelos municípios. O modelo reforça a legitimidade social e territorial da rota e o protagonismo das comunidades envolvidas.
Alguns municípios já agendaram suas consultas públicas. Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, recebe contribuições até 30 de outubro, enquanto Altônia, no Noroeste, realizará audiência pública em 21 de outubro, na Câmara Municipal. Outras cidades divulgarão suas datas nos próximos dias.
Herança ancestral e biodiversidade
O Caminhos do Peabiru compõe uma rede de trilhas ancestrais com mais de 3 mil anos, conectando o Oceano Atlântico ao Pacífico e passando por Brasil, Paraguai, Bolívia e Peru. No território nacional, corta o Paraná de Leste a Oeste e inclui trilhas de longo curso, rotas aquáticas, percursos de montanhismo e caminhadas.
O traçado busca integrar unidades de conservação e áreas naturais, favorecendo a conectividade ecológica e a manutenção de corredores de biodiversidade.
Desenvolvimento e renda
A proposta também prioriza os trechos com maior potencial para dinamização econômica, estimulando a oferta de serviços turísticos, produtos regionais e geração de emprego e renda nas comunidades envolvidas.


