Aida Franco de Lima – OPINIÃO
Movimento Nuclear da Juventude Latino-Americana. É esse o nome do grupo que reúne jovens pesquisadores e profissionais para democratizar o conhecimento nuclear e promover uma transição energética que consideram justa. Atuam como espaço de formação, integração e aproximação com instituições e processos decisórios do setor energético. Surgiu em 2024, durante o primeiro Fórum Nuclear da Juventude Latino-Americana (LAYNF24), que teve como palco o Rio de Janeiro.
A segunda versão do evento ocorreu durante os dias 4 e 5 de setembro e atraiu jovens interessados no assunto. Organizado pela Rosatom e seu Impact Team 2050, em parceria com o Observatório Latino-Americano da Geopolítica Energética (OLAGE), com apoio da Eletronuclear e do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Tratou-se do II Fórum Nuclear da Juventude Latino-Americana (LAYNF25), realizado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/USP), em São Paulo. Ao todo, foram 50 jovens de vários países latino-americanos para discutir o papel da energia nuclear na transição energética da região.
Com presença da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e de movimentos juvenis, o fórum destacou o caráter colaborativo da iniciativa e incluiu visitas técnicas às instalações nucleares de Angra dos Reis, conectando os participantes à prática tecnológica e às políticas públicas do setor.
Em 2025, ano em que o Brasil sediará a COP30, o debate ganhou destaque durante o II Fórum. A parceria ocorreu entre a Impact Team — OLAGE, membros do Observatório e estudantes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Jovens de oito países, como Brasil, México, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai e Venezuela, estiveram presentes. Segundo os organizadores, a intenção é fortalecer a integração latino-americana conectando ciência, tecnologia e sociedade nas discussões sobre energia e clima.
Os participantes visitaram as instalações do IPEN, incluindo o único reator nuclear de pesquisa em universidade brasileira, e outros centros tecnológicos, conhecendo aplicações diversas das tecnologias nucleares e seu papel na mitigação das mudanças climáticas. O fórum contou ainda com palestras e oficinas, como “Além da COP30: What’s Next?”, com Mikaelle Farias (assessora de Governança e Advocacy da Presidência da COP30), e buscou gerar projetos e redes de cooperação entre os participantes.
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