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Concessão do Marco das Três Fronteiras consolida modelo de parceria para o desenvolvimento sustentável

Revitalização do atrativo histórico completa dez anos em dezembro e simboliza os resultados da união entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil.

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Concessão do Marco das Três Fronteiras consolida modelo de parceria para o desenvolvimento sustentável
Obelisco, construído em 1903, simboliza a soberania do Brasil e, ao mesmo tempo, a união trinacional. Foto: Marco das Três Fronteiras/divulgação
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Há dez anos, Foz do Iguaçu se preparava para a inauguração da revitalização do Marco das Três Fronteiras, ajustando os últimos detalhes. O Grupo Cataratas — uma das maiores empresas de turismo sustentável do Brasil — promovia a profunda transformação do espaço de encontro entre Brasil, Argentina e Paraguai, após receber a concessão da Prefeitura de Foz do Iguaçu.

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Muito mais do que um ponto geográfico, o obelisco, construído em 1903, simboliza a soberania do Brasil e, ao mesmo tempo, a união trinacional. Ele também acompanha a própria trajetória de Foz do Iguaçu, fundada anos depois, em 1914.

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Antes da concessão, porém, o espaço tinha apenas calçadas e pequenos canteiros. O comércio oferecia algumas opções de alimentação, mas o local carecia de segurança e atratividade turística, apesar de sua importância histórica e natural.

A partir dessa situação, a Prefeitura de Foz do Iguaçu concedeu o espaço à iniciativa privada, seguindo proposta do Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codefoz) e do Fundo Iguaçu. Contudo, o projeto buscava resgatar a história do lugar e promover o crescimento sustentável.

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Revitalização

Lourenço Kuerten, fiscal de obras da prefeitura, afirmou que o local não dispunha de estrutura adequada, como banheiros ou opções de alimentação. Para mudar esse cenário, a administração municipal lançou concessão pública e escolheu, por licitação, a empresa responsável pela revitalização.

Ele ressaltou que, por tratar-se da primeira concessão municipal do turismo em Foz do Iguaçu, diferentes setores da administração trabalharam intensamente na elaboração do projeto. Entre eles, a Procuradoria-Geral, a Secretaria de Planejamento, a Controladoria e a Secretaria de Turismo. O plano tinha como meta resgatar a história local, atrair visitantes e garantir acesso gratuito à população de Foz do Iguaçu, reforçando o sentimento de pertencimento.

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“O que a gente queria é justamente isso que temos atualmente, um atrativo que resgata a questão do local, que atrai um número muito maior de visitantes, mas que também preserva a característica da comunidade de Foz do Iguaçu de poder visitar com acesso livre e gratuito para ter essa questão de pertencimento do atrativo. Uma palavra para definir o Marco das Três Fronteiras, dentro da Secretaria de Turismo, é ‘sensacional’”, destacou Kuerten.

A transformação

Ao assumir a gestão do Marco das Três Fronteiras, o Grupo Cataratas transformou o ambiente em um atrativo turístico e valorizou a história da região.

O espaço de estrutura simples deu lugar a um obelisco cercado por show de águas e luzes. No entorno, uma cenografia que remete às missões jesuíticas ganhou formas. Dentro desse contexto, valorizou-se a vista privilegiada do encontro trinacional, banhado pelos rios Iguaçu e Paraná, e trazendo conforto e mais beleza.

Marco das Três Fronteiras
O espaço de estrutura simples deu lugar a um obelisco cercado por show de águas e luzes. Foto: Marco das Três Fronteiras/divulgação

O Grupo Cataratas incorporou novas áreas de convivência, acessibilidade, loja de suvenires, lanchonete e um restaurante temático. Ademais, o espaço homenageia Álvar Núñez Cabeza de Vaca, aventureiro espanhol que, segundo relatos históricos, foi o primeiro europeu a avistar as Cataratas do Iguaçu em 1542.

Um marco do turismo e da memória: uma década de transformação

Com a nova estrutura, o Marco das Três Fronteiras começou a receber eventos culturais, apresentações artísticas e uma programação voltada para moradores e turistas. A revitalização fez o número de visitantes crescer exponencialmente. Isso consolidou o local como um dos principais atrativos turísticos da cidade, fortalecendo sua importância na economia local. Somente em 2024, mais de 450 mil pessoas visitaram o atrativo.

“Começamos com uma visitação pouco expressiva, e hoje estamos chegando próximo ao meio milhão de visitantes no ano. O Marco das Três Fronteiras é um case de sucesso, é um show em Foz”, afirmou o gerente de Operações do atrativo, Marcelo Moretti.

A revitalização do Marco das Três Fronteiras mostra como a união entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil pode transformar espaços históricos em motores de desenvolvimento.

“Começamos com uma série de incertezas, e hoje, vendo o sorriso no rosto dos nossos visitantes, é satisfatório. E traz toda essa questão também da origem, dos fundamentos do Grupo Cataratas, sempre baseado na conservação, nos fornecedores locais, na isenção do morador de Foz do Iguaçu. Isso é muito importante para o grupo”, complementou Moretti.

A concessão completará uma década em dezembro, e os resultados são claros: o fluxo turístico cresceu significativamente, e a região do Porto Meira se valorizou. Além disso, a geração de empregos diretos e indiretos aumentou. Por fim, o Grupo Cataratas fortaleceu o sentimento de pertencimento da comunidade local e promoveu a preservação de um dos símbolos mais importantes da Tríplice Fronteira.

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    Vacy Álvaro

    Vacy Alvaro é jornalista e coordenador do núcleo de Jornalismo de Dados/Infográficos do H2FOZ.

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