O Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) da Argentina atualizou, nessa quarta-feira (12), os números da inflação no país no período entre janeiro e outubro.
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No décimo mês do ano, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve aumento de 2,3%, confirmando a expectativa do mercado, que previa novo número mensal acima de 2%. Em setembro, o IPC já tinha fechado em 2,1%.
Assim, no acumulado de 2025, somando os dez meses, a inflação oficial na Argentina está em 24,8%. Por outro lado, no cálculo interanual, que leva em conta os resultados dos últimos 12 meses, o percentual chega a 31,3%.
Em outubro, conforme o Indec, o setor de transportes (3,5%) puxou o incremento, com altas nos preços das passagens e dos combustíveis. Em seguida, apareceram as despesas fixas do lar (2,8%), como tarifas de água, energia e gás de cozinha.
Na ponta oposta, os dois grupos com menor inflação ao longo do mês avaliado foram equipamentos e manutenção do lar (1,6%) e recreação e cultura (1,6%).
Luis Caputo, ministro da Economia da Argentina, celebrou o resultado. “Estamos com 18 meses consecutivos de desaceleração na inflação interanual [somatório entre um ano e outro], melhor sequência desde 2018”, apontou.
A tensão política gerada pela eleição legislativa de meio de mandato, ocorrida em outubro, influenciou o comportamento dos preços. A instabilidade até o anúncio do resultado fez com que o peso argentino perdesse valor frente a moedas como o dólar.
Inflação regional na Argentina
Na divisão por regiões do país, o Nordeste Argentino (NEA), onde fica a cidade fronteiriça de Puerto Iguazú, teve inflação abaixo da média nacional.
De acordo com o Indec, as províncias do Nordeste da Argentina registraram índice de 2,2% em outubro, um décimo abaixo do indicador geral. No acumulado de 2025, a inflação regional está em 21,7% no NEA. No interanual, em 27,5%.
Para conferir o relatório do Indec sobre a inflação na Argentina (em espanhol), na íntegra, clique aqui.
