O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) da Argentina divulgou, nessa quarta-feira (10), o índice oficial de inflação no país, referente aos oito primeiros meses de 2025.
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De acordo com os dados, em agosto, os preços ao consumidor subiram, em média, 1,9% na Argentina, mesmo índice do mês de julho.
No acumulado de janeiro a agosto, porém, o percentual está em 19,5%. Já no cálculo interanual, que leva em conta os últimos 12 meses, a cifra sobe para 33,6%.
Mesmo assim, o governo da Argentina divulgou ter motivos para comemorar. Isso porque, por 16 meses consecutivos, a inflação vem demonstrando desaceleração na comparação com o ano anterior.
Outro ponto ressaltado pelo ministro da Economia, Luis Caputo, diz respeito aos últimos quatro meses. “Pela primeira vez desde novembro de 2017, temos quatro meses seguidos de inflação mensal abaixo de 2%”, celebrou.
Na segmentação por setores da economia argentina, a inflação mensal de agosto bateu 3,6% nos transportes e 3,4% em restaurantes e hotéis. Houve redução nos preços, apenas, no setor de roupas e calçados (-0,3%).
Já na divisão por regiões do país, a inflação mais alta ocorreu nas províncias do Cuyo (2,1%). No Nordeste, onde ficam a província fronteiriça de Misiones e a cidade de Puerto Iguazú, o índice de agosto fechou em 1,7%, o menor da Argentina.
As estatísticas de agosto trouxeram, no entanto, um sinal de alerta para o governo de Javier Milei. No mês em questão, as vendas varejistas das pequenas e médias empresas do país caíram 2,2%, no quinto mês consecutivo de retração.
Tal como no Brasil, as pequenas e médias empresas estão entre as principais geradoras de emprego e renda na Argentina.