A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, renunciará ao cargo no mês de dezembro para assumir uma cadeira no Senado. Antes, apresentou o que espera deixar como legado de sua gestão: a criação da Agência Nacional de Migrações (ANM).
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Acompanhada por Alejandra Monteoliva, sua sucessora na pasta, Bullrich confirmou, nessa terça-feira (25), em Buenos Aires, a criação da ANM. Conforme a imprensa argentina, o órgão terá como modelo as chamadas “polícias migratórias” montadas por países como os Estados Unidos.
“Hoje estamos apresentando um elemento muito importante para a Argentina, uma nova forma de administrar as migrações, no qual todas as províncias vão colaborar”, afirmou.
De acordo com Bullrich, a ANM unificará esforços hoje desenvolvidos por forças como a Polícia Federal Argentina, a Polícia de Segurança Aeroportuária, a Gendarmería Nacional e a Prefeitura Naval.
A infiltração de grupos criminosos estrangeiros em território argentino, como as grandes facções brasileiras, estará no centro das preocupações.
“A Argentina conseguiu que as grandes quadrilhas permaneçam controladas por aqui. Para que isso continue, o controle migratório é fundamental. Queremos converter a atual estrutura em uma agência nacional, que resolva todos os problemas de migrações”, disse.
“A realidade que temos nos postos migratórios de cada lugar do país está defasada. Queremos integrar tudo em uma única tarefa, como ocorre em outros lugares do mundo”, justificou a ainda ministra da Segurança.
Inicialmente, o governo argentino pretende utilizar servidores de instituições já existentes para a composição da ANM. A definição exata do sistema de funcionamento da agência, contudo, estará sob responsabilidade da futura ministra Alejandra Monteoliva.

