O governo da Argentina formalizou, nesta sexta-feira (11), a criação da Mesa de Trabalho Interministerial sobre Tráfego Aéreo Irregular (TAI) no país.
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A ação tem como objetivo debater estratégias para combater voos clandestinos no espaço aéreo argentino, principalmente nas áreas próximas às fronteiras.
De acordo com o governo da Argentina, narcotraficantes estariam ampliando o uso de aeronaves para o transporte de entorpecentes. O problema é entendido como grave em pontos como as imediações das fronteiras com a Bolívia e o Paraguai.
A criação da mesa consta da Resolução Conjunta n.º 1/2025, firmada por entidades como os ministérios da Defesa, Segurança e Economia.
Participarão, ademais, integrantes da Força Aérea Argentina, Gendarmería Nacional, Prefeitura Naval, Polícia Federal, Polícia de Segurança Aeroportuária, Agência Nacional de Aviação Civil, Subsecretaria de Luta contra o Narcotráfico e outros órgãos.
“A nova estrutura terá como missão central articular ações estratégicas e operações entre todas as forças e organismos que vigiam o espaço aéreo”, descreve o governo.
A região mais crítica é a faixa norte das fronteiras da Argentina, pouco povoada na comparação com outras áreas. Pequenas aeronaves, oriundas da Bolívia e do Paraguai, teriam poucas dificuldades para pousar em pistas clandestinas no lado argentino.
Por outro lado, na fronteira com o Brasil, os voos irregulares têm pouca incidência, com as atividades ilegais ocorrendo, principalmente, por via terrestre.
“O narcotráfico aéreo constitui não só uma ameaça para a segurança e a saúde pública, mas também uma violação da soberania nacional”, avalia o governo argentino.
“Nesse sentido, ratifica-se o compromisso do Estado de empregar todos os recursos disponíveis para restringir o trânsito aéreo irregular”, informa.