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Entidades e órgãos públicos saem em defesa do quilombo de Foz

Pedido de reintegração de posse no quilombo da Vila C levou órgãos e coletivos a reafirmar a importância do território para a ancestralidade

2 min de leitura
Entidades e órgãos públicos saem em defesa do quilombo de Foz
A Federação das Comunidades Quilombolas do Paraná (Fecoqui-PR) expressou em nota uma “profunda indignação e repúdio às tentativas de desapropriação´. Foto: Marcos Labanca
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Diversas entidades e órgãos públicos se manifestaram a favor do Quilombo Horta do Seu Zé e da Dona Laíde, após publicação de reportagem do portal H2FOZ na quinta-feira, 2, sobre pedido de reintegração de posse na área.

Prefeitura de Foz pede reintegração de posse em área que pertence a quilombolas

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A reintegração de posse partiu da Procuradoria do Município de Foz do Iguaçu e atualmente tramita na Comissão de Soluções Fundiárias do Tribunal de Justiça (TJ-PR).

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A Fundação Cultural Palmares emitiu um despacho na sexta-feira, dia 3, no qual sugere encaminhamento de consulta formal à Procuradoria Federal para que haja manifestação sobre a possibilidade de a própria fundação ingressar na ação judicial e melhorar a estratégia jurídica.

Assim, pretende-se “requerer o deslocamento da competência para a Justiça Federal, garantindo que o direito da comunidade seja analisado pelo foro apropriado”, informa.

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Território é local de ancestralidade

A Federação das Comunidades Quilombolas do Paraná (Fecoqui-PR) expressou em nota uma “profunda indignação e repúdio às tentativas de desapropriação territorial praticadas pela Prefeitura de Foz do Iguaçu contra a Comunidade Quilombola Horta do Seu Zé e Dona Laíde”.

Conforme o comunicado, o território representa para os quilombolas um local de ancestralidade. É um berço do desenvolvimento de práticas e atividades tradicionais e da possibilidade de um futuro para gerações seguintes.

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“Deixar de observar isso, significa negar os direitos fundamentais garantidos à população quilombola”, mencionou a nota da Fecoqui-PR.

Outra manifestação partiu do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu (CDHMP). De acordo com o comunicado, o CDHMP “repudia a ação da Prefeitura Municipal contra uma comunidade afrodescendente, que preserva memória e atende com suas hortaliças as escolas e moradores da região”.

Em nota emita ainda na sexta, dia 3, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) já havia reforçado que ressalta o respeito às comunidades quilombolas e destaca diálogos de modo a garantir a permanência digna das famílias em seus territórios, conforme matéria publicada.

Superintendência do INCRA se manifesta sobre reintegração de posse no quilombo de Foz — H2FOZ — Notícias de Foz do Iguaçu

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    Denise Paro

    Denise Paro é jornalista pela UEL e doutoranda em Integração Contemporânea na América Latina. Atua há mais de duas décadas nas Três Fronteiras e tem experiência em reportagens especias. E-mail: deniseparo@h2foz.com.br

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