O Laboratório de Cannabis Medicinal e Ciência Psicodélica (LcP), da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), está recrutando voluntários(as) para participar de um estudo que investigará o potencial terapêutico da Cannabis sativa no tratamento da psoríase vulgar.
O estudo denominado CBDermis é um projeto coordenado pelo Laboratório de Cannabis Medicinal e Ciência Psicodélica (LcP), no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Biociências, em parceria com o Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Foz do Iguaçu e a Associação Santa Cannabis.
Ao todo, serão recrutadas 40 pessoas. Coordenador do LcP, o professor Francisney Nascimento explica que o estudo pretende verificar a redução dos sintomas da psoríase — como inflamação, coceira e descamação.
Também avaliar a segurança das formulações, seus mecanismos de ação e o impacto no bem-estar psicológico dos pacientes.
O estudo será conduzido pela mestranda em Biociências Emanuelly Krefta e orientado pelo professor do curso de Medicina Fernando Santos. As avaliações clínicas ficarão sob responsabilidade do dermatologista Charles Nedel, no CEM.

Estudo terá duração de 120 dias
O estudo terá duração de 120 dias, divididos em dois períodos de 60 cada um. No primeiro, os participantes serão separados em dois grupos: um receberá creme tópico, e o outro, óleo oral, ambos na proporção CBD:THC:CBG (1:1:1).
No segundo, todos receberão a combinação das duas vias de administração. O acompanhamento será feito a cada 30 dias, com consultas clínicas, registros fotográficos das lesões e aplicação de questionários de qualidade de vida.
“A equipe é multidisciplinar, composta por médicos, biomédica e farmacêutico, assegurando rigor metodológico, segurança e acompanhamento integral dos participantes em todas as etapas da pesquisa”, ressalta Nascimento.
O CBDermis é considerado inédito no Brasil e também o primeiro no mundo a testar, de forma simultânea, as vias tópica e oral da Cannabis sativa no tratamento da psoríase.
O professor Nascimento explica que, embora haja pesquisas internacionais sobre o uso de canabinoides em doenças dermatológicas, até o momento nenhum estudo clínico comparou diretamente os efeitos dessas duas formas de uso.
“O diferencial da pesquisa está justamente nessa abordagem inovadora, que combina resultados clínicos com parâmetros de saúde mental e qualidade de vida, reconhecendo o impacto psicossocial da doença”, destaca.
Como inscrever-se
Segundo a Unila, as inscrições estão abertas para pessoas com psoríase vulgar leve a moderada, entre 18 e 65 anos, que estejam em tratamento estável há pelo menos três meses.
A universidade informa que estão excluídos pacientes com outras doenças dermatológicas inflamatórias ativas, cardiopatias graves, doenças hepáticas ou renais, histórico de psicose ou epilepsia, além de gestantes e lactantes. Serão selecionados 40 participantes.
Os interessados podem inscrever-se pelo formulário online (https://bit.ly/PesquisaPsoriase) ou pelo WhatsApp (45) 99827-8472 até o dia 31 de outubro.
(Com informações da assessoria de imprensa)


