A magia de correr na chuva
Pouco antes das primeiras passadas bateu a dúvida: será que vai dar merda? Três décadas atrás o clima de hoje seria o ideal para uma boa aventura para um adolescente de 15 anos, morador da Guarda Mirim.
Por Alexandre Palmar
Pouco antes das primeiras passadas bateu a dúvida: será que vai dar merda? Três décadas atrás o clima de hoje seria o ideal para uma boa aventura para um adolescente de 15 anos, morador da Guarda Mirim. Era só combinar numa noite sábado com chuva para ter o programa ideal: bora pegar a magrela e pedalar pela Avenida Paraná.
Mas os tempos são outros. Já não tenho mais a Caloi de alumínio, o Sony amarelo é peça de museu e o lencinho preto de caveira na cabeça à la Axl Rose nem pensar (só se for para camuflar os cabelos brancos). Trinta anos separam as paixões juvenis embaladas por Cure e Smiths deste ser que hoje em dia sonha em simplesmente correr a Meia Maratona das Cataratas.
Ao afundar os pés na primeira poça d’água, lembrei-me, meio envergonhado, do tutorial do YouTube com dicas para correr na chuva: atenção redobrada para as poças (elas podem esconder um grande buraco); cuidado com as faixas pintadas no asf